A Polícia Civil do Paraná abriu inquérito para investigar a morte do ex-jogador Washington, 54 anos, ídolo de Atlético e Fluminense na década de 1980 ao lado do atacante Assis, com quem formou o chamado "Casal 20". O delegado Fábio Amaro, da 2ª. Delegacia da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, disse que quer saber se houve ou não negligência por parte do enfermeiro de plantão que cuidava do ex-jogador.

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Washington foi encontrado morto manhã do último domingo pelo enfermeiro plantonista, em sua casa, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. O ex-atleta estava deitado na cama do quarto, onde passava a maior parte do tempo. Ele sofria de uma doença degenerativa que afetava o sistema nervoso e limitava os movimentos do corpo, a esclerose lateral amiotrófica.

No momento em que Washington foi encontrado desacordado, a mangueira do aparelho que o ajudava a respirar pela traqueia estava desconectada do equipamento, que possui um alarme de emergência quando apresenta falha, mas o som da campainha não foi escutado pelo enfermeiro.

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Amaro disse que o último contato do enfermeiro com Washington foi por volta das 3h de domingo, quando foi aplicado um medicamento relativo ao tratamento do ex-jogador. O delegado informou que vai investigar a suspeita de o enfermeiro ter ido dormir após ministrar o remédio. Foi o próprio enfermeiro que voltou ao quarto para uma vistoria de rotina, por volta das 6h, quando Washington foi encontrado sem os sinais vitais.

Amaro aguarda os laudos dos peritos do Instituto Médico Legal, do Instituto de Criminalística e do Instituto de Investigação para saber se a desconexão da mangueira causou eventual asfixia em Washington. O ex-jogador era assistido por uma equipe de enfermeiros plantonistas que se revezavam durante 24 horas. O nome do profissional está sendo mantido em sigilo e ele será intimado a depor.

"Queremos saber se houve negligência ou não de quem deveria estar cuidando do paciente. Ele era assistido o tempo todo por uma equipe de profissionais. Vamos investigar se houve omissão, onde ele (enfermeiro) estava e se a causa da morte foi a asfixia ou foi por causas naturais", disse Amaro.

O inquérito está previsto para ser finalizado em 30 dias.

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