Nesta quarta-feira (15), às 19h30, quando entrar em campo contra o San Lorenzo no Estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, o Atlético vai encontrar um ambiente hostil e de muita pressão das arquibancadas – características das mais tradicionais na Libertadores.
Em teoria, portanto, o Ciclón seria amplo favorito para vencer a partida válida pela segunda rodada do Grupo 4 da competição. Um olhar mais profundo sobre o histórico recente do rival como mandante, no entanto, desconstrói esse mito. Apesar do apoio do papa Francisco, o clube azul-grená não tem se mostrado dos anfitriões mais poderosos.
TABELA: Confira a classificação e os jogos da Libertadores
Suas duas últimas participações no torneio continental servem de exemplo. Após conquistar o título inédito em 2014, os Corvos foram eliminados na primeira fase em duas oportunidades seguidas. Quando a equipe atuou em casa, triunfou apenas uma vez – contra o São Paulo, em 2015, pelo placar mínimo. Naquele mesmo ano, sofreu revezes diante do Corinthians e do uruguaio Danúbio, sempre por 1 a 0. Já na edição passada da Libertadores, por outro lado, não foi batido diante de sua hinchada. Mas também não venceu. Os três duelos (Toluca-MEX, Grêmio e LDU) terminaram 1 a 1. O retrospecto recente corresponde a um aproveitamento de apenas 33%. Já são quatro partidas sem sucesso como anfitrião.
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Muito além do Papa, San Lorenzo é o time que sonha com a ‘terra santa’
Leia a matéria completaRevelado no Huracán, rival do San Lorenzo, o argentino Lucho González prefere não levar isso em conta. “São estatísticas. Não gosto muito delas, sendo que quando o árbitro apitar, a bola vai correr e temos de estar concentrados para fazer o que o treinador pede para tentar atingir os três pontos”, desconversa o meio-campista, que deve atuar mais avançado desta vez.
O técnico Paulo Autuori indicou que o atacante Grafite, titular em quatro das cinco partidas da equipe principal no ano, começa o jogo no banco de reservas. Suspenso no amargo empate por 2 a 2 contra a Universidad Católica, semana passada, na Arena, ele também está lidando com uma tendinite.
IMAGENS: Veja fotos do Atlético na Argentina
“Se ele estiver bem no jogo, cansar e eu tirar, a equipe vai perder [qualidade]. A lógica me diz que preciso aproveitá-lo o tempo que for possível em sua melhor condição”, avisa o treinador. Neste caso, a entrada de Rossetto no meio e a manutenção de Pablo no ataque é o mais provável.
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Leia a matéria completaOutro ponto que pode ser positivo para o Atlético é a falta de ritmo de jogo dos rivais. O Ciclón tem apenas dois jogos oficiais em 2017. Além do 4 a 0 sofrido diante do Flamengo, venceu o Belgrano no sábado, no recomeço do Campeonato Argentino. A disputa foi adiada em uma semana por causa de uma greve de jogadores motivada por salários atrasados, especialmente nas divisões inferiores.
Atlético encara ‘vizinhança hostil’ em busca de reação na Libertadores
Leia a matéria completaPara Lucho, contudo, os portenhos farão de tudo para compensar em campo os problemas fora dele. “Quando os jogadores estão nesse tipo de competição – é verdade que a greve foi grande e não é o mesmo jogar partidas amistosas – sempre dão algo a mais, ainda mais os argentinos. Então não creio que seja uma desculpa porque começaram a competir há pouco tempo. Nós pensamos em como podemos complicá-los e vamos tentar um bom resultado”, diz.
E na visão atleticana, ruim mesmo, só perder. “Não se decide nada na segunda rodada... Se jogarmos como em Curitiba [contra a Católica, quando vencia por 2 a 0 até 40/2.º], com atenção, concentração e não cometermos os mesmos erros, temos muita chance de sair com resultado positivo. Leia-se empate ou vitória”, frisa Autuori.
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