A eficiência do Atlético, quarto colocado com 34 pontos e um dos times que menos perdeu no Brasileiro (apenas 3 vezes), passa pela coerência do técnico Vagner Mancini. O treinador é avesso a mudanças significativas no time no decorrer das partidas. Troca peças, mas opta por manter o esquema tático, moldado no tradicional sistema 4-4-2.
Pragmático, conseguiu dez vitórias nos 16 duelos desde que chegou ao CT do Caju, em julho soma ainda cinco empates e apenas uma derrota. Resultado que colocou o Furacão na briga por um lugar na Libertadores.
Até o momento, ele promoveu 47 mudanças durante as partidas só não usou as três alterações contra o Corinthians, em sua segunda partida pelo clube , sendo que em 70% delas não houve alteração na estrutura tática. Ou seja, em geral faz o básico, trocando atacante por atacante, meia por meia, e assim por diante.
A principal "vítima" de Mancini durante as substituições é o meia Paulo Baier. O experiente jogador de 38 anos por muitas vezes é preservado pelo treinador das 12 vezes em que foi titular, o atual camisa 30 foi substituído em 8. Proporcionalmente, porém, é o atacante Dellatorre quem mais repetiu a caminhada rumo à lateral do campo: em sete dos oito jogos como titular foi sacado mais cedo.
Na outra ponta, dos jogadores que começam como suplentes e ganham oportunidades, o principal é o atacante Éderson, que entrou no decorrer de sete duelos. Foi assim que conseguiu anotar vários gols e chegar à artilheira do Brasileirão com 12 bolas na rede.
Mas, independentemente da alteração, Mancini tem o período predileto para trocar os jogadores: entre os 16 e 30 minutos do segundo tempo (43% das mudanças). Na sequência aparece a reta final do jogo, com 28% das alterações. Fora isso, só por necessidade.
Um dado curioso nas trocas do treinador atleticano é que os laterais estão bastante sujeitos a saírem dos jogos. Tanto que, tirando duas vezes em que foi forçado a mudar por motivo de lesão Pedro Botelho e William Rocha , tirou um lateral de campo em outras oito ocasiões.
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