Depois de empatar com o Corinthians em 0 a 0, no Estádio Romildão, em Mogi Mirim (SP), o Atlético encara uma sequência de dois jogos em casa no Brasileirão, contra Portuguesa e Atlético-MG, tendo como meta vencer para se manter no G4 da competição.
Para o técnico Vagner Mancini, a série caseira tem duas vantagens: a consolidação entre os primeiros colocados, com o acúmulo de uma "gordura" diante dos demais concorrentes à vaga na Libertadores; e a possibilidade de ser um dos últimos jogos diante do torcedor, já que o clube deve ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelos incidentes nos jogos contra Vitória e Coritiba e pode perder mando de jogos. "Esses seis pontos são fundamentais. Depois deles vamos depender de nove jogos finais e hoje já temos uma vantagem de oito pontos que é difícil de tirar. São importantes esses pontos em casa, eles precisam ser feitos, mas sabemos que jogar em casa não dá certeza [de vitória]. Por isso é fundamental que o Atlético tenha postura, os seis pontos vão nos dar a chance de ficar numa situação muito boa", projetou o treinador. Mancini também alertou sobre a possibilidade do time ter de atuar algumas partidas longe do seu torcedor, devido aos recentes incidentes nos jogos contra Vitória, com o arremesso de uma pedra no gramado, e no clássico Atletiba, com o arremesso de um isqueiro no gramado e a briga entre torcedores do próprio Atlético no intervalo de jogo.
O jogo contra o Corinthians, por exemplo, foi em Mogi Mirim justamente pela suspensão de quatro jogos ao Timão pela confusão entre torcidas na partida contra o Vasco, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. "Podemos sofrer sim [a perda de mando]. Se tiver que jogar fora de casa vamos jogar e a intensidade de jogo tem que ser mantida. Quando você joga dentro de casa tem a atmosfera [do torcedor], mas espero que a gente também leve o torcedor [para os jogos fora], porque nos jogos em casa eles tem feito a diferença a nosso favor", concluiu o técnico rubro-negro.