Torcida é arma atleticana na reta final do Brasileiro| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A seis rodadas do fim do Brasileiro, o Atlético se mobilizou fora de campo para tentar manter o espetacular retrospecto como mandante no campeonato (85% de aproveitamento), estatística crucial para manter a equipe na briga por uma vaga na próxima Copa Libertadores.

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TABELA: Veja como está a classificação da Série A

A partir do jogo deste sábado (29), às 16h30, contra o Cruzeiro, na Arena da Baixada – o primeiro dos três derradeiros na Baixada –, a tempestuosa relação com a torcida Os Fanáticos ganhou uma trégua. Somam-se à reaproximação com a organizada, que terá de volta bateria e algumas faixas e bandeiras, a promoção de ingressos a R$ 60, e a ação chamada de ‘Aquece Caldeirão’, com sorteio de brindes a partir das 11 horas, ao lado do estádio.

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No ímpeto de cativar novamente a torcida, a diretoria testará ainda os serviços de uma empresa especializada em animação de eventos esportivos, principalmente de jogos de vôlei. O clube gostou do que viu no amistoso comemorativo da medalha de outro da seleção de Bernardinho, em setembro, na Arena, e fechou um acordo para os duelos contra Sport e Flamengo, além do próprio Cruzeiro.

“O Atlético tem uma cultura de inovação, desafio. Por que não tentar? Falamos com o pessoal e eles disseram que estão habituados a tudo, menos futebol. Mas aceitaram e então começamos a desenvolver essa ideia de interação com a torcida. Vai ser surpresa, nem para mim falaram tudo que vai acontecer”, diz o presidente Luiz Sallim Emed, que garante que a ideia é integrar a novidade com a festa habitual das arquibancadas.

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“A empresa também quer que exista essa integração. Esse é o propósito. Serão ações antes do jogo, nos intervalo e depois da partida. Não é concorrência [com a organizada]”, ressalta.

Com 48 pontos na tabela de classificação, o Furacão está apenas um ponto atrás do Corinthians, que abre o G6. A dependência dos resultados em casa fica evidente ao comparar os números do time como visitante. São somente sete pontos conquistados em 48 disputados fora de casa – 14% de aproveitamento.

Os próprios jogadores reconhecem o tamanho da influência da torcida. “A gente sabe que são fundamentais aqui dentro, nesse caldeirão. Eu peço o apoio deles nessa reta final de campeonato”, falou o atacante Pablo, novidade no time titular contra a Raposa, em vídeo postado pelo Atlético no Facebook.

“Vamos manter nosso retrospecto em casa, melhor retrospecto do campeonato, mais uma vitória amanhã [sábado] para a gente conseguir seguir nessa luta até o final e entrar na Libertadores’, emendou o zagueiro Paulo André, que também retorna ao onze inicial.

Para que a festa siga ‘liberada’, no entanto, o Atlético pede para os torceres manterem comportamento pacífico no estádio. Isso não quer dizer, contudo, que está proibido xingar o presidente, cena corriqueira nos últimos meses. O importante é empurrar os jogadores para a vitória, não o contrário.

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“O que não queremos são ameaças aos atletas, críticas descabidas, aquela coisa do menino errar um passe e já criticarem. Isso não dá. Se me xingarem ou xingarem o Mario [Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo], não me incomodo. Já me sinto como mãe de juiz”, ironiza Sallim.