Definição da equipe fica para hoje
Logo após a vitória sobre o Criciúma na última quinta-feira, a delegação do Atlético retornou a Curitiba. Em meio à movimentada agenda do clube, quem atuou na cidade catarinense, como o zagueiro Manoel (foto), realizou apenas atividades regenerativas ontem, enquanto os jogadores que não viajaram ou que ficaram no banco de reservas foram para o campo sob o comando de Juan Ramón Carrasco. A definição do time titular que enfrenta amanhã o Corinthians-PR ficou somente para hoje, quando o Furacão faz o último treino antes do jogo.
O técnico Juan Ramón Carrasco atingirá na partida de amanhã contra o Corinthians, às 15h30, no Ecoestádio, uma marca que evidencia o momento de calmaria pelo qual atravessa o Atlético nesse início de temporada: ele está prestes a completar 22 jogos à frente do Furacão, algo que não ocorre no clube desde 2010.
A última vez que o torcedor atleticano encontrou o mesmo treinador no banco de reservas por 22 vezes consecutivas foi com Paulo Cesar Carpegiani, entre maio e outubro de 2010. E passados mais de um ano e seis meses, essa marca se configura quase como uma proeza na vida rubro-negra.
Apesar de não ser lá um grande motivo para ser comemorado pelo treinador uruguaio, torna-se a antítese do que ocorreu desde que Carpegiani se mandou para o São Paulo. De lá para cá, seis treinadores passaram pelo Atlético, fechando uma média de permanência de três meses para cada um deles. Período já superado por Carrasco. Houve quem não passou de 40 dias, casos de Geninho e Leandro Niehues.
Entre Carpegiani e Carrasco, deram expediente no CT do Caju Sérgio Soares (17 jogos), Geninho (10), Leandro Niehues (7), Adilson Batista (14), Renato Gaúcho (14) e Antônio Lopes (18). Deles, só Renato Gaúcho pediu para sair. Os outros foram demitidos.
Geninho, aliás, somava 83% de aproveitamento, mas não resistiu mesmo após uma vitória no clássico contra o Paraná a diretoria achou que o número era muito baixo em se tratando de uma competição estadual.
Com tantas alterações de comando em 2011, o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro não foi uma surpresa. E sobrou para o então praticamente desconhecido treinador uruguaio consertar a tragédia se chegar até o final do ano, é claro.
Por enquanto, ele tem dado conta do recado. Com 21 jogos na temporada, acumulou 15 vitórias, 3 empates e 3 derrotas, alcançando um aproveitamento de 76% inferior somente ao de Geninho.
Os resultados são o principal motivo para que o treinador esteja seguindo sem turbulências. Além disso, ele também conta com respaldo da diretoria. A cúpula rubro-negra acatou a metodologia estranha aos costumes brasileiros e entende que o trabalho ainda está no começo e que há muito a ser conquistado.
"Os resultados têm sido predominantemente favoráveis, mas ainda estamos muito longe do ideal. O importante é o que estamos construindo algo que não é tangível, e que não dá para visualizar. Mas todos têm respondido e estamos construindo um ambiente muito positivo no clube", comentou o diretor de futebol, Sandro Orlandelli.
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