O empréstimo de 13 jogadores mais o técnico Marcelo Vilhena ao Guaratinguetá decretou um nova fase do sub-23 do Atlético. Formado para complementar a transição das categorias de base para o profissional – e como uma resposta política à Federação Paranaense de Futebol (FPF) –, o grupo teve momentos de glória em Atletiba e técnico estrelado, recebeu reforço com Copa do Mundo no currículo e forjou garotos que agora brilham no profissional. Relembre os principais momentos do sub-23 do Atlético.
Começo sob desconfiança
O Atlético entrou pela primeira vez em campo com seu time sub-23 no dia 20 de janeiro de 2013, para enfrentar o Rio Branco, no Ecoestádio. O time comandado por Arthur Bernardes, com nomes como Santos, Bruno Costa, Héracles, Renan Foguinho e Edigar Júnio, ficou no 1 a 1 com o Leão – Pablo fez para os rubro-negros, Erwin empatou com um gol contra. A primeira vitória só viria na quinta rodada, sobre o Cianorte, e até a oitava a ameaça de rebaixamento era real.
O jogo da virada
O primeiro grande jogo do sub-23 foi em dia 16 de fevereiro de 2013, vitória por 3 a 1 sobre o J. Malucelli. Douglas Coutinho marcou os dois primeiros dos 11 gols que faria naquele Estadual. A partir dali, o Furacão passou a crescer de produção e ganhar a confiança da torcida.
Um, dois, três... do sub-23
Os dois grandes momentos do sub-23 foram contra o Coritiba. Na penúltima rodada do segundo turno de 2013, um passeio na Vila Olímpica. Vitória por 3 a 1, com gols de Edigar Junio, Zezinho e Crislan. O resultado encaminhou a conquista do turno e levou o time para a final contra o próprio Coxa. Em 2014, na quinta rodada, vitória por 3 a 0 na Vila Capanema, com o time reforçado por jogadores do elenco principal, como o atacante Bruno Mendes e o lateral Carlos César.
É o Pet! É o Pet! É o Pet!
Para o segundo ano do sub-23, o Atlético ousou na escolha do treinador. Saiu o veterano Arthur Bernardes, entrou Dejan Petkovic, que jamais havia dirigido um time. Com o sérvio, o Rubro-Negro fez nova campanha irregular. Passou em oitavo, tomando goleada do Paraná de Milton Mendes na última rodada (4 a 0), mas deu o troco ao eliminar o Tricolor nas quartas de final.
Reforço imperial
Grande contratação do Atlético em 2014, Adriano Imperador reforçou o sub-23 na partida decisiva contra o Londrina, nas quartas de final. Era uma tentativa de defender o 3 a 1 construído na partida de ida, mas também de preparar o Imperador para o time principal. Não deu certo. O Atlético perdeu por 4 a 1 no Café, foi eliminado e Adriano acabou dispensado pouco depois.
Despedida tímida
A terceira versão do sub-23 não chegou a concluir sua missão no Paranaense-2015. O time comandado por Marcelo Vilhena durou apenas cinco rodadas. Foram duas vitórias, um empate e duas derrotas. A saideira foi no Atletiba do Couto Pereira (2 a 0 para o rival). Na sequência, o time foi substituído pelo grupo principal, em estratégia casada com o apoio a Ricardo Gomyde na eleição da FPF. O grupo chegou a ter sua dissolução anunciada pelo técnico Enderson Moreira, mas voltou à cena na despedida do Torneio da Morte, nos 5 a 0 sobre o Nacional de Rolândia.
Revelações
Craque da primeira versão do sub-23, foi artilheiro do Campeonato Paranaense de 2013 e imediatamente subiu ao profissional. O ótimo começo no Brasileiro de 2014 despertou o interesse do Doyen Group, que comprou 70% dos direitos do atacante por 4,5 milhões de euros. Hoje, Coutinho se recupera de contusão.
Outro a despontar no time de 2013, foi emprestado ao Joinville antes de ser integrado ao elenco principal. Com Milton Mendes, virou titular e um dos destaques do time no Brasileiro deste ano.
Alternou-se entre o sub-23 e a Libertadores no primeiro semestre de 2014. No segundo semestre, acabou escanteado por Claudinei Oliveira. Outro a firmar-se como titular em 2015 a partir da chegada de Milton Mendes.
Artilheiro e craque do time de 2014, no mesmo ano ganhou espaço na equipe principal. É titular do time de Milton Mendes e decidiu a partida contra o Avaí, no sábado (25).