O jogo
O CRB começou a construir a sua vitória logo aos 31 segundos. Preto bateu cruzado no canto esquerdo do goleiro Rodolfo. O jogo foi truncado e o segundo gol saiu apenas aos 31 do 2º tempo. Elsinho arrancou, tabelou com o meia Carlos Magno e bateu forte e rasteiro.
O Atlético traz de Maceió uma pressão imensa. A derrota por 2 a 0, ontem, para o CRB, deixou o Furacão (seis pontos) a quatro de distância do Vitória, que fecha o G4, o grupo que se classificaria para a Série A. Pressão que pôde ser vista na manifestação de torcedores nas redes sociais tão logo a partida acabou no Nordeste. E o escolhido da vez é o técnico Juan Ramón Carrasco, duramente criticado pelos rubro-negros.
O tópico #ForaCarrasco, no Twitter, ficou em 4º lugar entre os mais comentados do país ontem à noite.
"Não sei se é o momento de falar o que acertamos ou erramos. Eu não gosto de dar desculpa para nada", desabafou o lateral-direito Gabriel Marques, na saída de campo, sintetizando o momento turbulento.
Carrasco é cobrado especialmente por mexer com frequência na formação do time. Ontem, ele abandonou o esquema mais ofensivo, com três atacantes, para preencher o meio de campo, com Deivid, Alan Bahia, Heracles (improvisado) e Ligüera formando setor. "Não há dúvida de que quando o time jogou com três atacantes, tivemos mais opções. Mas estou em avaliação constante e hoje [ontem], o esquema [com apenas dois homens de frente] não funcionou", admitiu o uruguaio.
A teórica opção pela defesa ruiu com pouco mais de 30 segundos, o tempo que o atacante Preto, do CRB, precisou para aparecer livre na cara do goleiro Rodolfo para abrir o placar. Desânimo total, refletido nos outros 90 e tantos minutos de bola rolando no Rei Pelé. "Quando a gente toma um gol no início, jogando fora de casa, fica difícil. Nossa equipe é muito jovem, por isso que sente", justificou Alan Bahia, um dos mais experientes do grupo.
O revés, o segundo em três duelos como visitante, reforçou ainda a tese de que o Atlético ainda não aprendeu a se virar sem a Arena. A questão é que, com o estádio sendo reformado para a Copa de 2014, será rotina na vida do clube ter de arrumar as malas faltam poucos detalhes para a diretoria anunciar Paranaguá, no litoral do estado, como sua sede provisória. "Tivemos chances no segundo tempo, mas a bola não entrou. Levamos dois gols de contra-ataque", tentou explicar o goleiro Rodolfo, sem muita convicção.
Com um jogo a menos em relação à maioria dos concorrentes, o Atlético volta a campo no próximo sábado, contra o Goiás, abrindo a temporada no Gigante do Itiberê. A pressão, porém, acompanhará a equipe.
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