Mal acabou o jogo contra o Internacional, jogadores e o técnico do Atlético, Vagner Mancini, já começaram a falar sobre o jogo de quarta-feira, às 21h50, contra o Grêmio, pela semifinal da Copa do Brasil. Um empate em Porto Alegre classificará o Furacão para uma inédita final do torneio, que também garante uma vaga na Libertadores para o campeão. O treinador rubro-negro admitiu que a disputa já está na cabeça de todos como uma decisão.
"O jogo de quarta é uma final de campeonato. Por mais que a gente queira que o atleta esteja focado [na partida de ontem], o que era necessário para a vitória, é óbvio que após o apito final já se começa a viver o jogo de quarta", afirmou Mancini. "A gente tenta conter a ansiedade para que não atrapalhe. Mas ansiedade e um pouco de stress que vire uma energia para conseguir a classificação também é positivo", aposta o treinador.
De olho no Grêmio, Mancini explicou que preferiu não poupar nenhum jogador na partida de ontem porque às vezes o atleta perde o ritmo de jogo e na volta não rende o esperado.
Além disso, a vontade de jogar de todos os atletas tem dado segurança ao treinador para escalar o melhor time possível. Isso inclui até o veterano Paulo Baier, de 39 anos, que esteve em campo até os 21 minutos do segundo tempo contra o Colorado, mas não conseguiu chegar ao sonhado centésimo gol na era dos Brasileiros de pontos corridos.
Para o confronto em Porto Alegre, as novidades podem ser o retorno do atacante Marcelo e o do lateral-esquerdo Pedro Botelho, que estavam lesionados. No entanto, Mancini não quis confirmar a volta dos atletas após a vitória sobre o Inter.
"A vontade nossa e dos atletas é que os dois estejam em campo, mas não posso assegurar ainda", disse o técnico. "Serão mais dois soldados para fazer parte do exército. Daqui até lá vamos intensificar os treinos ou o tratamento, o que tiver que fazer, para que eles estejam com a gente", acrescentou.
Mancini ainda lembrou que é preciso controlar a ansiedade dos atletas mais jovens diante dos 90 minutos que esperam o time no Rio Grande do Sul para chegar a essa histórica final da Copa do Brasil. Entre eles está o volante Deivid, que, mesmo com 24 anos, completou 150 jogos ontem com a camisa atleticana.
"Não é fácil chegar nesta marca, é muita batalha, luta e perseverança", comemorou o volante. "Temos uma grande oportunidade de chegar à final e não queremos desperdiçar", resumiu Deivid.
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