Sem o técnico Paulo Autuori, 60 anos, na delegação, o Atlético viajou ao Oeste do estado para enfrentar o Foz do Iguaçu, neste sábado (4), às 20 horas, no Estádio do ABC, pela sexta rodada do Paranaense.
Enquanto o comandante principal optou por permanecer em Curitiba para focar na estreia na fase de grupos da Libertadores, a responsabilidade de dirigir o time B do Furacão em busca da segunda vitória consecutiva no campeonato será do auxiliar técnico Bruno Pivetti, 34, quase três décadas mais jovem. Cenário que tem tudo para ser cada vez mais comum no clube.
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Paulista de Campinas, Pivetti chegou ao CT do Caju em 2015 após passagens por Audax-SP e Guaratinguetá. Sua primeira função foi no comando da equipe sub-20, mas assim que Autuori foi contratado – em março de 2016 –, assumiu o papel de auxiliar direto do treinador carioca.
Mais do que isso, ao lado do ex-meia atleticano Kelly, virou um ‘segundo treinador’. Palavras do número um.
“No meu primeiro dia no clube falei que não existiam auxiliares, eram segundos treinadores”, lembra Autuori, que na última quarta-feira (1), durante o clássico Atletiba, observou o duelo quase sempre sentado no banco de reservas.
À beira do gramado, era Pivetti quem passava as instruções aos atletas. “Não me propus só a trabalhar os jogadores, mas também o staff como um todo. Sou o cara que tem de liderar esse staff. Hoje um técnico de futebol tem de estar preparado para poder delegar e coordenar o trabalho de uma equipe”, completa o treinador bicampeão da Libertadores com Cruzeiro (1997) e São Paulo (2005).
A ideia de dividir o trabalho – e por consequência dar rodagem ao auxiliar – foi planejada no fim da última temporada. Por causa do acúmulo de jogos no início deste ano, especialmente com as fases eliminatórias da Libertadores no calendário desde o primeiro dia de fevereiro, seria preciso criar grupos diferentes de jogadores. O próprio Autuori também tem exercido a função de manager, ajudando nas contratações.
Assim, Pivetti ficou mais focado no time do Estadual. A filosofia de jogo, no entanto, permanece unificada.
“Então nada mais [normal] do que poder deixá-lo à frente e isso tem acontecido em todos os jogos. A ideia é uma só, muda o personagem que está ali. Todo mundo sabe que estou tirando meu time de campo, falta pouco tempo para isso e faço o que acho que o futebol brasileiro precisa, dar oportunidade aos mais novos”, ressalta Autuori.
Os próprios jogadores já entenderam isso, garante o goleiro Santos, que segue no time após a vitória sobre o Coritiba, a primeira do Rubro-Negro na competição – e que tira um peso das costas do elenco.
“O Paulo sempre dá a tranquilidade para o Bruno [Pivetti] fazer o trabalho dele e nós encaramos da mesma forma. É um profissional de muita qualidade, que acrescenta muito. Para os atletas, não tem diferença. São várias pessoas que fazem a engrenagem funcionar”.
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