A tradição de abrir a tabela da elite do futebol paranaense e ver o Rio Branco lá nunca esteve tão ameaçada. Nos últimos 20 anos, o clube de Paranaguá foi presença certa na disputa entre os melhores do estado, mas uma crise técnica e institucional pode culminar com o rebaixamento do clube que completa 102 anos em 2015.
O desempenho do time no Torneio da Morte vai de mal a pior. Apenas um ponto somado em dois jogos, um aproveitamento ainda mais assustador levando-se em consideração que o adversário nas próximas duas rodadas é o Atlético.
O primeiro duelo entre os times é neste domingo (12), às 18h30, em Paranaguá.
Veja a tabela e classificação do Torneio da Morte
Nem quem conhece cada detalhe do funcionamento do clube consegue explicar o fracasso técnico na atual temporada. “Encontrei um elenco que não merecia estar nessa situação, o grupo tem qualidade para coisas melhoras”, argumenta Alan All, que assumiu a equipe na última rodada, no empate contra o Prudentópolis como visitante. Alan já esteve no comando técnico do Leão da Estradinha em outros dois momentos, em 2011 e 2012.
As justificativas para a pífia campanha não passam apenas pelo campo e bola. O poder de investimento do Rio Branco diminuiu sensivelmente neste ano. O espaço máster para publicidade avaliado em R$ 250 mil foi negociado com a prefeitura local por apenas R$ 100 mil pelo patrocínio no ano passado. O maior problema, de acordo com os dirigentes do Rio Branco, é que apenas R$ 20 mil foram pagos ao clube. “A falta de investimento é a nossa principal dificuldade, sem apoio fica difícil”, afirma Tiago Campos, presidente do Rio Branco.
A Prefeitura de Paranaguá se diz impossibilitada legalmente de realizar o pagamento. “A legislação permite aplicação de recursos públicos somente a entidades que envolvam o esporte amador e não o profissional, como é o caso do Leão da Estradinha”, explica em nota oficial.
Para a agremiação do Litoral, o acordo comercial é legal e as contrapartidas do clube (divulgar a cidade) foram cumpridas.
Historicamente o município é o maior investidor do futebol do Rio Branco. “Várias vezes não foi com patrocínio direto, mas com ajuda na busca de parceiros”, lembra Campos. A parceria com a prefeitura foi um dos pilares para a manutenção do time vermelho na primeira divisão estadual desde 1994. Neste período o Rio Branco foi semifinalista em 2000 e 2006, sendo eliminado por Coritiba e Paraná, respectivamente. Apesar da estabilidade na elite, a crise atual não chega a ser uma novidade. “Sempre foi difícil. Em várias oportunidades nos salvamos nas últimas rodada”, diz o dirigente.
O campo, a tabela e os bastidores indicam um rebaixamento. Uma marca que ninguém quer carregar depois 20 anos na primeira divisão. “Nem penso nisso, tenho plena confiança que vamos escapar”, finaliza.
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