Caso passe à semifinal da Sul-Americana, o Atlético embolsará mais 360 mil dólares – equivalente a R$1,4 milhão na cotação dessa terça-feira (20). Valor que será somado aos 675 mil dólares (R$ 2,6 milhão) já recebidos na competição e que será altamente necessário para se contrapor às taxas que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) cobra em taxas para cada partida.
O primeiro jogo das quartas de final, contra o Sportivo Luqueño, é nesta quarta (21), às 20h, na Arena da Baixada.
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Para começar, não há ajuda de custo da entidade. Exame antidoping e as custas da arbitragem, que virá do Peru, por exemplo, será por conta do Furacão.
Mesmo assim a Conmebol levará 10% da renda bruta, enquanto outros 5% ficarão com a Federação Paranaense de Futebol (FPF). Sem contar um número não divulgado de cadeiras cedidas gratuitamente para patrocinadores da competição.
Não para por ai. O principal problema é que a entidade não aceita sócio-torcedor como não pagante. Em jogos no Brasil, cada sócio deve constar no borderô com valor no mínimo de 70% do ingresso vendido na bilheteria. Assim, aumenta a renda bruta e a porcentagem que a Conmebol embolsa.
Conveniente ou não, a Conmebol não divulga súmulas ou borderôs no seu site. Mas é possível ter uma ideia do prejuízo ao analisar os borderôs do Brasileiro. No último jogo, contra o Corinthians, por exemplo, em que 23.850 pagantes estiveram na Arena, a renda bruta foi de R$ 920.480,00. No total, 14.618 torcedores eram sócios e foram registrados na súmula como se tivessem pago R$ 10, totalizando R$ 146.180,00.
Se fosse na Sul-Americana, esses mesmos sócios teriam que ser registrados a R$ 70 cada (pois o bilhete custa R$ 100), totalizando cerca de R$ 1 milhão. Assim o borderô total seria de cerca de R$ 2 milhões – e R$ 200 mil ficariam para a Conmebol. E cada associado do Furacão na arquibancada faz a entidade amealhar R$ 7 limpos com o jogo.
O Joinville, no jogo da primeira fase contra o Atlético, no dia 20 de agosto, reclamou muito dessa norma e se viu obrigado a cobrar ingressos dos sócios para tentar equilibrar as contas. Sem contar os 10% pagos à Commebol, o Joinville gastou R$ 100 mil só para abrir seu estádio. Um custo que deve ser ainda maior para o Furacão na sua Arena padrão Fifa.
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