A Polícia Civil do Paraná identificou até ontem 22 torcedores envolvidos na briga entre as torcidas de Atlético e Vasco no último domingo, em Joinville. Desses, sete possuem registro de antecedentes criminais na Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), que variam entre os crimes de homicídio, receptação, lesão corporal, posse de entorpecentes e de munição de arma de calibre restrito e danos contra o patrimônio público.
A delegacia divulgou o nome e as imagens de apenas quatro torcedores reconhecidos, dois deles Luiz Menegatti Pereira (por lesão corporal) e Leonardo Rodrigo Borges, o "Baiano" (suspeito de homicídio) com passagens na polícia.
O delegado Clóvis Galvão, responsável pela investigação no Paraná, explicou que além dos "fichados", os outros Márcio José Pondelek e Rodrigo Augusto da Silva também tiveram suas identificações publicadas por serem observados como os mais agressivos durante a pancadaria.
Galvão disse também que entre os sete com antecedentes criminais, alguns já cumpriram as penas, e outros ainda respondem ao processo na Justiça. "Além do nome deles, essas informações pretéritas serão repassadas amanhã [hoje] à delegacia de Joinville, junto com a lista dos identificados. Com certeza esses registros pesarão na hora da investigação, já que é um indício de periculosidade desses cidadãos", afirmou.
O delegado informou ainda que pelo menos 36 pessoas foram vistas nas imagens e vídeos do confronto. Destes, pelo menos 25 possuem envolvimento direto na briga. "Isso não que dizer que todos os 36 serão incluídos no inquérito. Muitos deles estavam ali participando da bagunça, mas nosso trabalho é para identificar quem aparece no meio de uma briga, agredindo algum outro torcedor", explicou o delegado.
Em Joinville, o delegado regional da Polícia Civil, Dirceu Silveira Júnior, responsável pelo inquérito, já possui aproximadamente 40 torcedores reconhecidos. Segundo ele, identificados pelas diversas fontes de informação disponíveis. "Esse total vem dos dados das polícias do Paraná e do Rio de Janeiro, através do setor de inteligência, do endereço on-line que disponibilizamos (denunciajogojoinville@pc.sc.gov.br), de várias frentes".
Silveira Júnior diz que o processo de investigação evitará fazer distinção entre as torcidas, para não incitar nenhum tipo de conflito entre os clubes. "O que é importa para nós é quem praticou os atos, e que tipos de crime foram realizados para aplicarmos as corretas punições aos agressores", ressaltou.
Segundo ele, o processo policial levará 30 dias até o fim do inquérito. Depois disso, as informações serão levadas a juízo para que haja definição do Ministério Público pela abertura da denúncia e pelo início do processo judicial.
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