Caso arapongas
A Federação Paranaense de Futebol considera que o caso do gramado da Vila é diferente do que ocorreu 2011, quando um ato da presidência interditou o José Chiapin e fez o Arapongas mandar jogos longe de seu estádio. "O Paraná passou por inspeções e estava tudo bem. O que aconteceu agora foi durante a competição. O Arapongas, em 2011, tinha obras para fazer no gramado segundo a inspeção e elas não foram feitas corretamente, além de maquiarem com areia", explicou o presidente da FPF, Hélio Cury. O procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR), Marcelo Contini, considera difícil que alguma medida seja tomada pelo órgão pois, segundo ele, a decisão é uma prerrogativa da Federação.
Outro lado
Empresa assume culpa e pede 15 dias para arrumar o gramado
Gustavo Ribeiro
A Grasstecno, empresa responsável pela manutenção do gramado da Vila, garantiu que em 15 dias todos os problemas do piso estarão resolvidos e que as condições serão bem diferentes das atuais. "Estamos fazendo a recuperação. Foi um acidente que aconteceu com um produto e assumimos a responsabilidade do erro de um funcionário", disse o engenheiro agrônomo Dênis Renaux.
Segundo a empresa, não há a possibilidade de trocar todo o gramado, já que isso implicaria em uma reforma muito extensa. Por enquanto as medidas são paliativas e se estenderão até o jogo com o Operário, no dia 27 de março serão dez dias sem partida na Vila , quando a Grasstecno garante que o gramado estará em boas condições.
Depois de a diretoria do Paraná ter o pedido de adiamento do clássico com o Atlético negado pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) na quinta-feira, cabe agora apenas ao árbitro da partida, Fabio Felipus, decidir se realmente haverá condições de jogo domingo, às 16 horas, no péssimo gramado da Vila Capanema. No entanto, o pedido só poderá ser feito duas horas antes da partida, quando ele e os assistentes analisarem a situação in loco.
"Não verifiquei o gramado ainda, então não sei realmente as condições em que se encontra. Somente a partir das 14 horas [do domingo] mesmo", comentou o apitador. Se avaliarem que o campo pode prejudicar a integridade física dos jogadores a principal alegação do Paraná com a FPF para adiar o clássico -, a partida será adiada. "Mas se a Federação marcou o jogo, imagino que não haverá problema", relevou Filipus.
O campo do Durival Britto passou por uma série de problemas nos últimos dias. A Grasstecno, empresa responsável pelo terreno, errou na manutenção do gramado ao aplicar um herbicida, ao invés de um inseticida. O resultado foi que parte da grama acabou morrendo. Foram feitos reparos, mas insuficientes para recuperá-la. A situação ficou ainda pior após o jogo de quarta-feira contra o Toledo, disputado debaixo de chuva.
"Houve um erro em nosso gramado, mas um erro não justifica o outro. Eles [FPF] assumiram o risco. Quero ver quem vai assinar um documento se responsabilizando pelo jogo nestas condições. Acredito que o árbitro não dará condições para o jogo, pois elas não existem", afirma o superintendente-geral paranista, Celso Bittencourt.
A FPF alega com base no Estatuto do Torcedor que não há mais tempo hábil para a mudança. Ainda segundo a entidade, novas datas não existem, pois as tabelas dos dois clubes na Copa do Brasil não coincidem e seria temerário depender de que pelo menos um dos rivais eliminasse o jogo de volta no torneio nacional para liberar uma data. O Paraná tem jogos marcados contra o São Bernardo-SP para os dias 11 e 25 de abril. O Atlético encara o Brasil-RS nos dias 3 e 17.
"Eles fizeram esse pedido em cima da hora, me surpreendi. Se existe realmente essa situação, teremos de fazer uma nova vistoria e quem sabe fazer que eles joguem a 100 km de distância. Se tivessem nos procurado no começo da semana, poderíamos ter feito algo para contornar a situação, olhar outros locais", diz o presidente da FPF, Hélio Cury.
Por exigência legal do Estatuto (artigo 20), a entidade teria até as 16 horas de ontem para promover alterações na rodada, homologada na quarta-feira.
Mesmo com uma reunião marcada para hoje com a Grasstecno, os dirigentes tricolores não acreditam que o gramado esteja pelo menos aceitável até domingo. "Não há solução para agora. Precisaríamos de mais dois ou três dias. Do jeito que está é perigoso para a saúde dos atletas. O problema é maior do que imaginávamos", fecha Bittencourt.
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