Técnico do time sub-23 do Atlético, Dejan Petkovic conversava à beira do gramado do Ecoestádio antes do jogo da última quarta-feira. O interlocutor respondia em sérvio, língua mãe de ambos, mas seus conselhos e observações não foram suficientes para impedir a primeira derrota da equipe no Paranaense, diante do Toledo, pelo placar mínimo.
Hoje, às 19h30, contra o Operário, também no campo do Barigui, o ritual deve se repetir, mas Dorde Kokovic (pronuncia-se Djordje Kokovich) espera um desfecho diferente. Conhecido como Djoko, apelido que ganhou ao se aventurar no futebol dos Estados Unidos na década de 1980, o ex-atacante de 60 anos é a principal ligação de Petkovic em Curitiba com sua terra natal.
Assistente pessoal do treinador, ele é o responsável por ajudar Pet nos primeiros passos na nova função. Ao lado do auxiliar Marcão, ex-lateral do Atlético, do preparador físico Edy Carlos Toporowicz Soares e do preparador de goleiros Thiago Mehl, forma a comissão técnica do time que disputa o Estadual.
Como não fala português, o assistente se vira como pode para se comunicar com os atletas. Na estreia da equipe, contra o Prudentópolis, há uma semana, ele misturava frases em sérvio e palavras em inglês enquanto gritava da arquibancada atrás dos bancos de reservas do Estádio Newton Agibert. Com o caderninho de anotações a tiracolo, reagia a todos os lances e berrava ocasionalmente, chamando a atenção de quem estava ao redor, inclusive de Petkovic, que chegou a se virar para ouvir a recomendações.
Com quase três décadas de experiência fora dos gramados, Djoko Kokovic é um especialista na formação de jogadores. Na década de 1990, trabalhou nas seleções inferiores da antiga Iugoslávia. "Lembro muito bem de quando selecionei Vidic [zagueiro do Manchester United] e Stankovic [ex-meia da Inter de Milão]", afirmou em entrevista ao site oficial do Atlético.
Também passou pelo futebol da Hungria e da Costa do Marfim, mas só conheceu Petkovic na China, quando treinava as categorias de base do Shandong Luneng o atual técnico e gerente do sub-23 atleticano defendeu o Shanghai Shenhua entre 2003 e 2004. Da amizade, surgiu a oportunidade de trabalhar no Brasil pela primeira vez e o desafio de revelar talentos com um olho clínico sérvio. "Trago ao Atlético Paranaense meus 28 anos de experiência", diz Kokovic.
Trump barra novos projetos de energia eólica nos EUA e pode favorecer o Brasil
Brasileiro que venceu guerra no Congo se diz frustrado por soldados que morreram acreditando na ONU
Não há descanso para a censura imposta pelo STF
Tarcísio ganha influência em Brasília com Hugo Motta na presidência da Câmara
Deixe sua opinião