Confirmado pelo técnico Paulo Autuori no time titular do Atlético para a partida de ida da semifinal do Campeonato Paranaense, neste sábado, às 16h20, na Arena da Baixada, o atacante Walter projeta um confronto complicado com o Paraná . Para o atacante, o adversário tem características de time argentino, especialmente quando joga em casa. “É complicado jogar lá, é gandula, médico, todo mundo torce por eles. É igual você jogar contra argentino, é o que eles tentam fazer”, destacou, sobre a pressão e catimba do rival.
Na primeira fase, o Atlético perdeu para o Paraná, na Vila Capanema, por 1 a 0, em jogo tenso no qual o time da casa teve um jogador expulso e passou o segundo tempo todo se defendendo, na base da raça. Ganhou elogios do ídolo do Furacão. E esse espírito “argentino” destacado pelo camisa 18 coloca ainda mais importância no jogo deste fim de semana, disputado em território rubro-negro. A missão é chegar ao segundo duelo com alguma vantagem para consolidar a vaga na final em terreno inimigo.
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Leia a matéria completaDespachar o líder da primeira fase, entretanto, é obrigação para quem está sedento por um título. O jejum do Atlético vem desde 2009, última conquista estadual do clube. A seca pessoal de Walter, por sua vez, é um pouco menor, iniciada em 2013, quando faturou o Campeonato Goiano com o Goiás. A saudade de erguer um troféu já começou a incomodá-lo. “Você entra para a história do clube quando é campeão. É isso que eu quero. Meu último título foi em 2013 então estou com saudade de gritar ‘é campeão’”, concluiu.
Walter, que volta ao comando do ataque rubro-negro após jogar na função de armador na última partida, diante do Brasil de Pelotas , pela Copa do Brasil, revelou que já atuou dessa forma e se sentiu bem na posição. “Eu quero estar entre os 11, não importa em que posição. No Internacional, deixava o Alexsandro mais na frente e me movimentava bastante”, ressaltou. No Colorado, atuava na construção das jogadas para a finalização de um centroavante, semelhante ao esquema utilizado na segunda etapa da última partida, quando a equipe tinha André Lima como referência de área.
Walter foi a principal figura da semana atleticana. Se envolveu em polêmica com o técnico, já que abandou o banco de reservas após não ter mais chances de entrar na partida contra o Londrina, na volta das quartas de final do Estadual, e com a torcida, por fazer sinais ofensivos para um grupo da organizada Os Fanáticos que o criticava enquanto aquecia. Walter afirmou que lamenta ter ido para o vestiário antes do final do jogo e que as divergências com a torcida atleticana estão resolvidas. “Me arrependo muito de ter saído do banco. Após o jogo, fui para casa e fiquei pensando, passou um monte de coisa pela cabeça e caiu a ficha. Mas jamais ia dar o dedo para a torcida. Tenho muito respeito pela torcida do Atlético. [O gesto] Foi para dois que estavam me xingando e cuspindo”, justificou.
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