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Na briga para espantar o fantasma do rebaixamento, o Atlético recebe neste domingo (19) o Flamengo, na Arena da Baixada. Se depender do retrospecto, o adversário não poderia ser mais adequado: nas 12 vezes em que o Furacão recebeu os cariocas em casa pela Brasileiro, nunca saiu derrotado. São 9 vitórias e 3 empates.

Além disso, o confronto é quase certeza de bola na rede. Somente em 2009, empate sem gols, os atleticanos não marcaram. A Gazeta do Povo relembra cinco dos triunfos mais marcantes do Atlético diante do Mengão.

"EU SOU LUCAS" - Atlético 3 x 2 Flamengo, 31/7/1999

Essa partida tem espaço garantido na memória do torcedor atleticano – foi o primeiro jogo oficial na nova Arena da Baixada, que havia sido inaugurada no mês anterior. Os 30 mil ingressos se esgotaram na véspera, e o goleiro Clemer, do Flamengo, causou polêmica ao ser perguntado sobre o atacante Lucas. "Quem é Lucas?", respondeu o arqueiro. Em campo, veio a resposta.

O Atlético saiu na frente com um gol de Kléber, no primeiro tempo, e ampliou com Lucas, aos nove da segunda etapa. A comemoração do camisa 9 foi emblemática: diante das câmeras, disse "Eu sou o Lucas".

Romário diminuiu a vantagem do Furacão, mas Kleberson aproveitou contra-ataque para fazer 3 a 1. Nem o gol de Fábio Baiano, já nos minutos finais, evitou a vitória e a festa da torcida atleticana.

"VAI TER QUE ME ENGOLIR" - Atlético 4 x 0 Flamengo, 11/8/2001

O Atlético entrou em campo embalado pelo bom início de Brasileiro, com sete pontos nas primeiras três rodadas. Pela frente, viria o Flamengo de Zagallo. Mas o Furacão ignorou a tradição adversária e decidiu partir para cima, abrindo o placar no primeiro minuto, com o zagueiro Gustavo.

O segundo gol veio antes do intervalo, com Alex Mineiro. A boa vantagem empolgou os atleticanos, que seguiram o massacre na etapa complementar. Kléber marcou o terceiro, com o meia Rodriguinho fechando o marcador.

Felizes com a goleada, a torcida do Furacão passou a debochar o treinador adversário, com o grito "Ei, você aí! Vai ter que me engolir, vai ter que me engolir", lembrando da famosa frase dita por Zagallo após a conquista da Copa América de 1997.

A TARDE DE ILAN - Atlético 4 x 1 Flamengo, 25/5/2003

Mais de 29 mil torcedores acompanharam a partida, que prometia dificuldade. Os cariocas ostentavam uma invencibilidade de nove jogos. Mas a pressão da torcida do fez a diferença, com o Furacão começando arrasador.

Aos 12 minutos, Alessandro chutou cruzado e a bola sobrou para Ilan, que venceu Júlio César, que na sequência seria titular do Brasil nas Copas de 2010 e 2014, e abriu o placar. O segundo gol veio pouco depois, com Kleberson cruzando para Dagoberto, que escorou para Ilan deixar novamente sua marca.

O Fla diminuiu no começo da etapa final, com Fernando Baiano, mas Adriano Gabiru tratou de inflamar a Arena novamente com um golaço.

A tarde, no entanto, era de Ilan: aos 22, arrancou da intermediária, driblou o zagueiro e chutou cruzado, fechando o placar com seu terceiro gol. Além da chuva de gols, cartões vermelhos marcaram o compromisso – foram dois para o Atlético e três para o Flamengo.

CORAÇÃO VALENTE ILUMINADO - Atlético 2 x 1 Flamengo, 26/9/2004

Esta vitória será lembrada por todos os atleticanos que estiveram na Arena da Baixada. Não pelo desempenho do Furacão, pouco inspirado, mas pela forma como os três pontos foram garantidos.

No primeiro tempo, apesar da pressão, o placar permaneceu fechado, com poucas chances dos dois lados. Na etapa final, o Flamengo conseguiu abrir o marcador, em uma cabeçada de Júnior Baiano.

No desespero, o Atlético partiu para cima, mas não chegava com perigo. Até que brilhou a estrela de Washington. Aos 43, o Coração Valente recebeu lançamento, de costas para o gol, girou sobre Ibson e chutou no canto de Júlio César.

O empate já traria alívio para o torcedor, mas poucos esperavam o que viria no minuto seguinte. Washington recebeu novo lançamento, mas a bola escapou, chegando às mãos de Júlio César. O inesperado aconteceu: o arqueiro flamenguista decidiu jogar com o pé e, desatento, acabou desarmado pelo camisa 9, sendo obrigado a cometer o pênalti.

Washington não perdoou e, aos 45, converteu a cobrança, garantindo uma das vitórias mais emocionantes da história da Arena.

ARRANCADA CONTRA A QUEDA - Atlético 5 x 3 Flamengo, 7/12/2008

A oito rodadas do fim do Brasileiro, o rebaixamento era tido como uma certeza para o Atlético. No entanto, uma grande reação fez com que a equipe chegasse à última rodada dependendo apenas de suas forças para espantar a Série B. no entanto, o Flamengo também precisava do triunfo, para se garantir na Libertadores.

Os torcedores acompanhavam os duelos de Vasco e Figueirense, concorrentes na fuga da degola, nos seus radinhos, mas o Furacão tratou de fazer sua parte já no começo: aos 12 minutos, Netinho levantou na área e Toró desviou contra a própria meta. Aos 26, foi a vez de Rafael Moura, que finalizou para defesa do goleiro Bruno, mas aproveitou o rebote e ampliou a vantagem do Furacão.

Aos 35, Marcelinho Paraíba diminuiu cobrando pênalti, mas aos 39, foi a vez de Julio Cesar chutar de fora da área, fazendo 3 a 1. O primeiro tempo não parou por aí: com um novo gol de Paraíba, o Fla voltou a se aproximar no marcador.

Ainda havia emoções reservadas para a segunda etapa. Aos 27, Zé Antonio recebeu livre e marcou o quarto gol, com Alan Bahia convertendo penalidade, nos minutos finais, garantindo uma grande vitória ao Furacão. Marcelinho ainda diminuiu aos 48, mas o triunfo estava garantido, e com ele a permanência na elite do futebol brasileiro em 2009.

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