Após pouco mais de quatro meses, Miguel Ángel Portugal deixou o comando técnico do Atlético. A passagem ficou marcada pela eliminação precoce na Libertadores, começo ruim no Brasileiro e insatisfação de jogadores e torcida.
Confira cinco motivos que ajudam a explicar o insucesso do treinador espanhol no Furacão:
Herança ManciniDepois da empolgante reação no Brasileiro 2013, a conquista da vaga na Libertadores e do vice-campeonato da Copa do Brasil, a torcida rubro-negra tinha grandes pretensões para esta temporada, marcada ainda pela reinauguração da Arena da Baixada. Ânimo que foi ruindo com a eliminação na disputa internacional, a fraca participação no Estadual e um início ruim no Nacional, com cinco pontos em cinco jogos. Resultados que respingaram forte no treinador e aumentaram muito a pressão sobre ele.
Adeus precoceO calendário internacional garantido pela presença na Libertadores motivou a diretoria atleticana a procurar um técnico estrangeiro o terceiro a passar pelo Furacão na última década, depois do alemão Matthäus e do uruguaio Juan Ramon Carrasco. Mesmo cotado como um dos favoritos em um grupo mediano com Vélez Sarfield (ARG), The Strongest (BOL) e Universitário (PER), o Furacão foi o primeiro time brasileiro a dar adeus à disputa continental ainda na primeira fase.
Inimigo íntimoAlém da pressão da torcida, Portugal sofreu com o desgaste interno. O goleiro Weverton representou um grupo de atletas em reunião com a diretoria na qual o assunto era a insatisfação com o treinador. Ainda na Libertadores, o comandante foi criticado publicamente pelo atacante Adriano, ao ser chamado somente aos 38 do 2º tempo, quando o time perdia para o Veléz Sarsfield, na Argentina. "Só agora?", disparou o Imperador.
Grupo fracoA debandada de atletas, como Paulo Baier e Everton, e a falta de reforços foram motivos usados pelo treinador em sua página oficial para justificar o desempenho da equipe e o pedido de demissão. Além de poucas contratações, o clube ainda afastou vários jogadores, como Fran Mérida, Mirabaje, Zezinho e Crislan. A crise com a diretoria atingiu também o capitão Manoel, um dos poucos ídolos recentes do clube e uma baixa considerável à instável defesa rubro-negra.
ApatiaO bloquinho de notas foi companheiro inseparável do espanhol na beira do gramado. Time ganhando ou perdendo, ele sempre teve a mesma postura: não falava, mas anotava muito. O tom nas entrevistas coletivas também sempre era parecido, seja em caso de revés ou triunfo. Este perfil mais apático, sem demonstrar muitas emoções, também não colaborou para a torcida se empolgar com o trabalho dele.
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