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Situação do teto da Arena virou uma novela entre clube e a empresa fornecedora dos materiais | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Situação do teto da Arena virou uma novela entre clube e a empresa fornecedora dos materiais| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

O Atlético fez uma contraproposta para a Lanik I. S.A., fornecedora do teto retrátil da Arena. O clube sugere que a empresa apenas cubra totalmente o estádio – sem a instalação da função que abre e fecha a "tampa" do Caldeirão, que ficaria para depois. Hoje pela manhã, as duas partes têm reunião marcada para tentar desenrolar o assunto. Caso não ocorra um acordo, a questão será decidida judicialmente.

"Vou conversar com os nossos engenheiros em videoconferência no encontro para ver se é viável essa possibilidade", diz César França, diretor-executivo da Lanik para a América do Norte e do Sul.

O Furacão tem pressa para encontrar uma solução por causa da realização do Shooto Brasil na Baixada, dia 5 de dezembro. O evento de MMA é a primeira atração acertada pela G3 United, nova parceira do clube na gestão da Arena.

Na proposta que encaminhou ao Atlético na última segunda-feira, a Lanik solicitou 40 dias para o serviço. E, principalmente, advertiu o Rubro-Negro sobre a complexidade da atividade.

"São cerca de 30 toneladas sobre a cabeça de até 40 mil pessoas. É algo que envolve uma responsabilidade imensa e uma série de riscos durante o processo", salienta França.

Contados a partir de hoje, restam 50 dias para o Shooto. Diante do prazo tão apertado, com somente 10 dias de "sobra" para qualquer intercorrência, o Atlético recuou.

Passo atrás dado também no aspecto financeiro. O Furacão já admite pagar os 350 mil euros (cerca de R$ 1,1 milhão) pedidos pela Lanik no novo orçamento. Para a primeira fase, desembolsaria 94 mil euros (aproximadamente R$ 295 mil) – o restante seria negociado.

Inicialmente, os 94 mil eu­­ros bancariam a execução de todo o trabalho duran­­te as obras da Baixada para o Mundial ­– o que não ocorreu. O montante, então, saltou para 418 mil euros (em torno de R$ 1,3 milhão) sob a justificativa da mudança do cenário. "Antes a instalação pode­­ria ser feita internamente, no gramado. Agora, mudou completamente, todo o procedimento terá de acontecer pela parte externa. É muito mais complicado", explica França.

Foi o salto de mais de quatro vezes no montante que levou o Atlético a entrar com uma ação na Justiça contra a Lanik. O clube acusou a empresa de "extorsão" e teve liminar favorável concedida pelo juiz Rogério de Assis, da 21.ª Vara Cível de Curitiba.

Na decisão, Rogério de Assis determina que a Lanik reinicie a colocação do teto retrátil em até 15 dias após a citação judicial da empresa. E fixou multa de R$ 100 mil diários em caso de descumprimento.

Apesar da indefinição, os ingressos para os combates começam a ser vendidos hoje – os preços variam de R$ 150 a R$ 2,5 mil. Os sócios do Furacão têm direito a meia-entrada.

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