O técnico do Botafogo e ex-treinador do Atlético, Vagner Mancini, revelou que o relacionamento dele com o presidente rubro-negro, Mario Celso Petraglia, não era bom por causa meia Paulo Baier.
"Foi notório e externado que ambos não se davam bem. O que ocasionou meu desgaste com o presidente foi a manutenção do Baier", comentou Mancini, em entrevista ao programa Bola da Vez, da emissora ESPN Brasil.
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Ele deixou a entender que o mandatário atleticano não queria Baier no time titular. Sempre com recados via Antônio Lopes, ex-gerente de futebol do clube. "Às vezes, sutilmente, chegava a informação de que não estavam contentes com jogador A, B ou C", falou, acrescentando que a manutenção do jogador em campo foi fundamental para o bom 2014 que o Furacão teve.
Além do caso Baier, Mancini revelou que Petraglia disse aos jogadores e comissão técnica, após a final da Copa do Brasil contra o Flamengo, no ano passado, que nunca havia sentido "tanta vergonha ao ver o Atlético jogar".
O rompante do mandatário do Furacão ocorreu antes da tradicional oração pós-jogo, no vestiário do Maracanã, e que o tom foi pesado. "Eu vim aqui para falar que estou envergonhado, envergonhado desse time. E você [Mancini] é o grande responsável", disparou Petraglia, segundo a lembrança do treinador.
"Naquele momento fiquei muito nervoso e o Luiz Alberto [zagueiro] bateu no ombro e pediu para eu ter calma, porque eu me alterei", falou Mancini. "Eu respeito a sua opinião, mas esse grupo que está aqui tirou o Atlético da 19.ª colocação e colocou em 2.º lugar. Pedimos desculpas pela perda do título, mas esse grupo vai dar a Libertadores", respondeu a Petraglia. No fim do Brasileirão, o Atlético terminou em 3.º e garantiu vaga na competição continental.
Antes mesmo de o treinador pensar em se demitir, os jogadores pediram que ele permanecesse no comando. "Após a oração, fui para uma sala com meus auxiliares, e quando fui começar a falar, os atletas entraram e disseram você não vai sair. Eu virei para eles e falei que não iria sair", disse.
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