O fracasso nas negociações com o argentino Alan Ruíz, que preferiu ficar no San Lorenzo, da Argentina, adiou a vinda de um camisa 10 para o Atlético. A posição é uma carência clara do elenco rubro-negro desde a saída de Paulo Baier, no fim de 2013.
O Maestro defendeu o Furacão por cinco temporadas, entre 2009 e 2013, e era o principal ídolo da torcida. Viveu bons e maus momentos à frente da equipe, mas deixou o clube de bem com a torcida – e brigado com a diretoria.
O rebaixamento para a Série B em 2011, por exemplo, foi uma marca em sua passagem pelo CT do Caju. Prometeu ficar no clube a ajudar a reconduzi-los à Série A. Não só cumpriu com a palavra, mas também ajudou a colocar a equipe na Libertadores, recebendo do presidente Mario Celso Petraglia a promessa de um novo contrato. O compromisso não foi honrado e terminou assim a passagem do último camisa 10 atleticano.
Confira as apostas feitas para ser o novo maestro atleticano:
Marcos Guilherme
No ano passado, a missão foi dada a Marcos Guilherme. Apontado por Petraglia como a principal joia do clube nos últimos anos, o jogador foi preparado desde as categorias de base para ser o dono da famosa camisa 10. Contudo, o desempenho obtido e as suas próprias características o afastaram da disputa pelo posto deixado por Baier. Tanto que em 2015, por exemplo, Marcos Guilherme tem jogado com a camisa 11, número mais adequado ao estilo de seu jogo de velocidade pelos lados do campo.
Nathan
Nathan poderia ser “o cara” para vestir a 10, mas sua relação com o Atlético nunca foi amistosa. Embora tenha sido o Rubro-Negro quem o descobriu e o possibilitou iniciar no futebol profissional, foi na seleção brasileira que ele pôde mostrar suas qualidades. Foi o 10 do time sub-20 do técnico Alexandre Gallo no Sul-Americano da categoria nesse ano. No Atlético, brigou na justiça por causa de um contrato e foi negociado semana passada com o Chelsea, sem a chance de se firmar no Furacão.
Fran Mérida
Outra aposta do Atlético para a “10” foi o espanhol Fran Mérida, revelado pelo Barcelona e com passagem marcante pelo Arsenal, onde seria o substituto de Cesc Fàbregas. Jogador com o maior salário do elenco no ano passado – salário base de R$ 150 mil, mas que poderia chegar a R$ 200 mil conforme a produtividade –, fracassou como o meia do Furacão na Libertadores, assim como o time, que não passou da fase de grupos do torneio continental. No ano anterior, quando ficou na reserva de Baier, entrou raras vezes em campo pelo Atlético. Problemas físicos e dificuldade de ficar no condicionamento físico ideal foram os motivos da baixa rodagem.
Felipe
Nessa temporada, o Atlético tem tentado o meia Felipe como organizador das jogadas de ataque. O jogador já recebeu algumas chances. especialmente com o técnico Enderson Moreira, e veste a 10 nesta temporada, após ser emprestado ao Figueirense no ano passado. No entanto Felipe não consegue atuações regulares e sua presença no time também oscila. Na última rodada do Torneio da Morte, era vaiado pela torcida até marcar o gol de empate contra o Rio Branco.
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