O Atlético mudou seu planejamento para o futebol em 2016 e, ao contrário dos últimos três anos, jogará todas as competições de que participar na temporada com sua equipe principal. Entre os efeitos colaterais dessa medida estão vantagens e desvantagens com as quais o clube terá de lidar no decorrer da temporada.
Enquanto a maior rodagem da equipe pode ajudar a acelerar o entrosamento e facilitar na conquista de resultados, o acúmulo de partidas pode também acarretar em lesões e em um maior desgaste da equipe na reta final do ano.
Confira abaixo alguns benefícios e prejuízos que a mudança pode trazer ao Rubro-Negro, especialmente para as campanhas no Brasileiro e na Copa do Brasil, que se estendem por cerca de sete meses e terminam somente em dezembro:
Benefícios
Jogando e ganhando corpo ao longo dos primeiros meses, a tendência é de que o Atlético entre no Brasileiro já com uma base bem definida de equipe, precisando de reforços pontuais. “Depois de jogar as duas competições [Paranaense e Primeira Liga], as coisas vão ficar melhores. À medida em que vamos jogando, as necessidades vão ficando mais claras”, concorda o técnico Cristóvão Borges.
Nos três anos em que não jogou o Estadual com força máxima, o Atlético foi para o Brasileiro sem parâmetro de força. Agora, principalmente pelos jogos com Cruzeiro e Fluminense, pela Primeira Liga, será possível ter noção do nível do grupo com antecedência – e corrigir as falhas. “A Liga é importante por pegarmos rivais difíceis para testar a equipe desde o início, porque é o que vamos enfrentar ao longo do ano”, diz o meia Marcos Guilherme.
Treinando a equipe desde o começo da temporada, Cristóvão Borges terá tempo de corrigir defeitos e implementar seus conceitos de jogo ao time. O técnico quer o Atlético com menos correria dos jovens e mais controle das ações e posse de bola. “[Em 2015] era uma equipe com grande participação, mas que tinha pouco controle dos jogos. A gente tinha de aumentar a posse porque terminava os jogos muito desgastados”, ressalta Borges.
Malefícios
O desgaste dos atletas será maior com o ritmo intenso de trabalho desde o início do ano. Com pré-temporada menor e calendário mais inchado o número de lesões tende a crescer. “Vamos começar com competições simultâneas e, mesmo sendo menos jogos, exigem bastante. O planejamento passou por aí, por calcular bem as competições que vamos participar”, justificou o treinador rubro-negro.
Com uma pré-temporada bem mais longa nos últimos três anos, o Atlético fez do condicionamento físico um trunfo no Brasileiro, contra equipes mais desgastadas. A nova programação diminuiu em praticamente dois meses o período de preparação atleticano. Assim, a vantagem física vista na equipe rubro-negra, especialmente no começo e meio do Nacional, também não ficar tão evidente nos jogos da temporada 2016.
O uso do time sub-23 nos primeiros meses do ano colocava os garotos na vitrine. Os destaques acabavam no elenco principal – casos de Douglas Coutinho, Marcos Guilherme ou Otávio, por exemplo. Neste ano, os jovens não terão essa chance. “Fica mais difícil [subir], porque o Paranaense é realmente um teste no profissional. Agora o clube vai ter de focar mais em campeonatos da base e em treinos”, fala Marcos Guilherme.
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