A passagem do meia Vinicius pelo Atlético chegou à delegacia de polícia.
Emprestado no ano passado ao Náutico e afastado no início deste ano, o jogador, que é atleticano declarado e tem contrato com o clube até dezembro do ano que vem, cobrou seus direitos junto à diretoria do Furacão, disse ter sido coagido por dois dirigentes e acabou fazendo boletim de ocorrência contra o vice-presidente do Rubro-Negro, Márcio Lara, e Sidiclei Menezes, diretor de futebol.
“Eles querem que ele abra mão de dinheiro. E o Vinícius não vai fazer isso. Chamaram ele de moleque, piá de bosta e tudo mais. Disseram ainda que queriam ver ele andar por Curitiba... Intimidaram, coagiram”, conta o pai e procurador do jogador, Praxedes de Sousa Barbosa.
Procurado pela reportagem, Márcio Lara não quis comentar o assunto. A assessoria de imprensa do clube não atendeu as ligações.
Há alguns dias, Vinicius chegou a ir para Florianópolis, acertou as bases salariais para defender o Avaí na sequência da temporada, mas um acordo com o Atlético acabou impedindo a negociação. O Furacão, para aceitar a negociação, pediu para que o jogador abrisse mão de uma quantia referente às luvas do seu contrato. O meia não aceitou e por isso a negociação com a equipe catarinense esfriou.
Vinicius, então, voltou a Curitiba e se reapresentou ao Atlético. No CT do Caju, o jogador treina diariamente em separado do grupo principal. enquanto o clube e seus empresários definem o seu futuro. Nesta segunda-feira (27), porém, o meia cobrou seus direitos e o clima esquentou. O armador teria sido ameaçado por Márcio Lara e por Sidiclei Menezes e o caso foi parar na delegacia.
Apesar de toda essa confusão, o meia seguirá treinando no CT do Caju, até para não gerar qualquer problema com a sequência do seu contrato com o Atlético. Se antes já não havia mais clima para o retorno do jogador para o Furacão, depois de mais esse capítulo ficou praticamente impossível.
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