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Walter marcou o primeiro gol dele pelo Atlético contra o Tupi e espera manter o ritmo diante do Internacional. | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Walter marcou o primeiro gol dele pelo Atlético contra o Tupi e espera manter o ritmo diante do Internacional.| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

O jogo entre Atlético e Internacional, neste domingo (10), marca o reencontro de Walter com o clube que o revelou. Foram três anos no Colorado e uma infinidade de histórias e boatos sobre o atacante contratado pelo Rubro-Negro. Pelo lado folclórico, o jogador virou uma ‘lenda’ entre os gaúchos.

Dentro de campo, o jogador foi importante na conquista da Libertadores da América de 2010 pelo Colorado. Fez dois gols, um deles o da classificação sobre o Banfield-ARG (2 a 0), nas oitavas de final.

“O Walter foi fundamental na campanha. Tenho muita admiração por ele, um jogador diferente, que se entrar na linha com relação ao peso será útil para o Atlético”, comenta Fernando Carvalho, presidente do Inter na época.

Fora das quatro linhas, Walter desde cedo já chamava atenção. Na Copa São Paulo de 2009 chegou a ser “rebatizado”. Para o diretor do Inter, Claros Fraga, “Walter” não era nome de jogador de futebol, muito menos de atacante.

Pressionado pelo cartola, o atacante virou “Da Silva” (o nome dele é Walter Henrique da Silva). Mas não durou nada. A mãe do jogador interferiu e ordenou: “O nome que eu dei é Walter e é assim que ele será chamado”.

Ainda na base, havia a suspeita de que Walter era “gato”, já que era bem maior (e mais pesado) que os colegas. Após afastar todas as dúvidas sobre a idade real, o jovem atleta cunhou uma frase ninguém esquece: “Nasci no dia que nasci”.

O caso mais conhecido, entretanto, foi o “autosequestro” em março de 2010. Contrariado com uma crítica do técnico uruguaio Jorge Fossati, Walter desapareceu dos treinos.

“Ele praticamente não saía do apartamento, tivemos de ficar de plantão para ter alguma notícia e saber o que estava acontecendo”, relembra Leonardo Oliveira, repórter do Zero Hora, jornal do Rio Grande do Sul.

Na ocasião o Internacional ficou entre punir o atleta ou buscar um tratamento psicológico. “O Walter tinha uma compreensão limitada de algumas coisas. Mas sempre foi um grande menino”, diz Fernando Carvalho, atualmente comentarista esportivo.

A luta contra o peso também era tema relacionado ao jogador no início da carreira – dificuldade enfrentada até hoje. “Ele não conseguia emagrecer e era sempre encontrado numa barraca de cachorro-quente perto da casa dele”, recorda o repórter Leonardo Oliveira.

Em julho de 2010 Walter encerrou a trajetória no Internacional, que iniciou em 2007, quando veio do São José-RS. Foi negociado com o Porto. De Portugal, o atacante passaria por Cruzeiro, Goiás e Fluminense, até ser contratado pelo Furacão.

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