Weverton dá a entender que mudança no gol atleticano partiu de cima

Substituído por Santos na partida deste domingo contra o Grêmio, o goleiro Weverton, um dos principais destaques do Atlético na boa campanha no Brasileiro do ano passado, disse ter sido pego de surpresa com a mudança – revelada a ele no início da semana –, mas mostrou respeito pela decisão, que, deu a entender, teria partido de cima.

"Não estou feliz, mas tenho de respeitar. Já sabia que não ia jogar a semana toda, mas continuei lá, ajudando o grupo. Eu sou funcionário do clube, tenho de trabalhar e respeitar as decisões", disse na saída de campo, após ficar no banco de reservas durante o triunfo rubro-negro no qual o novo titular Santos mostrou segurança, mas não foi muito exigido.

A ida dele para a reserva fez parte do pacotão de mudanças entre a eliminação na Libertadores e a estreia no Brasileiro, que incluiu a saída do atacante Adriano Imperador do clube e o afastamento de 13 jogadores – entre eles os ex-titulares zagueiro Manoel e meia Mirabaje.

No seu caso, o goleiro deu a entender que a troca não foi feita baseada em critérios técnicos. "Eu não mando no clube. Procuro fazer o meu trabalho. A gente tem de respeitar a hierarquia, o clube gira em torno do futebol, mas o presidente [Mario Celso Petraglia] está certo, ninguém tem de mandar mais do que ele", declarou.

As medidas atingiram em cheio as lideranças da equipe. Manoel e Weverton revezaram a braçadeira de capitão nos primeiros jogos deste ano. Sem eles em campo, o status foi herdado pelo volante Deivid neste domingo. Segundo o goleiro, os jogadores que permaneceram no elenco principal absorveram a reformulação. "O grupo entende que isso é parte do futebol, é normal, todo mundo respeita. A eliminação na Libertadores causou mudanças", testemunhou, se dizendo tranquilo e pronto para voltar quando o treinador precisar. "Tenho a consciência tranquila, me dediquei, joguei na Bolívia [na derrota para o The Stongest] sem condições, tentei ficar até o final", afirmou, lembrando da partida da eliminação na Libertadores, em La Paz, na qual passou mal e continuou em campo.