Ao perder por 2 a 0 para o Internacional neste domingo (23), no Beira-Rio, o Atlético sentiu o primeiro reflexo da decisão de priorizar a Copa Sul-Americana no segundo semestre.
Com um time misto na partida que marcou o início do returno do Brasileiro, o Rubro-Negro jogou mal e não foi capaz de competir com o Colorado, que marcou uma vez em cada tempo: primeiro com Valdívia (3/1.º) e depois com Paulão (25/2.º). O resultado deixa a equipe de Milton Mendes com 30 pontos, a três de distância da zona de classificação para a Libertadores.
TABELA: Veja como está a classificação da Série A
Dos titulares, o lateral-direito Eduardo, os meias Marcos Guilherme e Daniel Hernández, e o atacante Walter não iniciaram o duelo em Porto Alegre – Bruno Pereirinha, Bruno Mota, Douglas Coutinho e Cléo foram os escolhidos para substituí-los no rodízio.
Marcos Guilherme e Walter até entraram na etapa final, mas não conseguiram impedir a segunda derrota nos últimos quatro jogos. “O professor está vendo quem está melhor [para jogar]. Hoje o principal é a Sul-americana. Mas no Brasileiro, se começarmos a perder, o negócio vai começar a apertar para o nosso lado”, alerta o centroavante, que não sabe o que é vitória no Nacional há quatro rodadas.
LANCE A LANCE: Veja como foi Internacional x Atlético
Há, no entanto, quem pense diferente. “Nosso foco está nas duas competições. Queremos ficar entre os quatro melhores do Brasileiro e sermos campeões da Sul-Americana. Temos grupo para isso, mas não fizemos um bom jogo”, diz Marcos Guilherme, que cumpriu a inusitada função de lateral direito. “Nunca tinha jogado ali”, admite o meia-atacante.
Não fosse o goleiro Weverton, que pegou pênalti de D’Alessandro e fez defesas importantes, o revés poderia ter sido ainda mais contundente. O domínio do Inter pode ser traduzido no número de finalizações. Foram 16 a favor dos donos da casa e apenas sete para os visitantes.
Com Atlético em jejum, Walter alerta: “os times de baixo vão chegar”
Leia a matéria completaDe nada adiantou aos atleticanos, portanto, terminar o jogo com 59% de posse de bola. “O time começou mal e tomou o gol cedo. Não estávamos jogando bem. Voltamos com o controle do jogo, mas levamos o gol na hora em que estávamos melhor. Mas ganha quem faz gol”, resume Weverton, que também defendeu penalidades máximas contra Avaí e Santos.
Já na quinta-feira, no entanto, o Furacão volta o foco para sua competição prioritária. Como venceu por 2 a 0 na ida, pode até perder pelo placar mínimo para o Joinville, na Arena da Baixada, para avançar às oitavas de final da Sul-Americana. Depois, no domingo, recebe o Goiás pelo Brasileiro.
Confira quem foram os destaques da partida:
Craque
D’Alessandro
O argentino deu duas assistências para os dois gols do Colorado no jogo. A tarde só não foi perfeita porque perdeu um pênalti, no início do segundo tempo, defendido por Weverton.
Bonde
Bruno Pereirinha
Apagado tanto no ataque quanto na defesa, foi substituído no segundo tempo para a entrada de Walter, com Marcos guilherme atuando improvisado na lateral direita.
Guerreiro
Walter
Entrou no segundo tempo, na tentativa de dar uma nova vida ao ataque atleticano. Movimentou-se bem e criou as oportunidades, mas não conseguiu impedir a derrota.
Gols
1º tempo
1 x 0 (3 min): Após a cobrança rápida de falta de D’Alessandro para Valdívia, ele passou por Sidcley e bateu em cima do goleiro Weverton, que aceitou.
2º tempo
2 x 0 (25 min) – D’Alesandro cobra o escanteio, a bola desvia e na sobra o zagueiro Paulão chuta firme para ampliar o marcador.
Chave do jogo
Diante de um Atlético apático e que pouco chegava no campo ofensivo, o Internacional apostou no toque de bola para marcar os gols e dominar a partida.
Cartões
Amarelos: Hernani, Gustavo e Kadu (A), Léo (I)
Vermelhos: nenhum
Suspensos
Atlético: Kadu
Próximos jogos:
Atlético: Joinville (casa - Sul-Americana), Goiás (casa), Atlético-MG (fora)
Internacional: Ituano (fora - Copa do Brasil), Avaí (fora), Vasco (casa)
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