A Liga dos Campeões da Europa terá uma final alemã pela primeira vez na história. Um dia depois de o Borussia Dortmund eliminar o Real Madrid numa das semifinais, o Bayern de Munique fez o mesmo com o Barcelona nesta quarta-feira (1.º/5). Mais do que isso, voltou a atropelar o até pouco tempo melhor time do mundo - sem Messi, lesionado. Uma semana após a goleada por 4 a 0 em casa, aplicou um irrepreensível 3 a 0 no Camp Nou.
Os dois times alemães vão se enfrentar no dia 25 de maio, no Estádio de Wembley, em Londres, na Inglaterra, para definir o título continental.
Será apenas a quarta vez na história que a Liga dos Campeões terá uma final entre times do mesmo país. Em 2000 o Real Madrid bateu o Valencia. Em 2003 o Milan superou a Juventus. E em 2008 o Manchester United ganhou do Chelsea.
Desta vez, a disputa reúne o campeão alemão nas duas temporadas anteriores - Borussia - e o campeão nacional antecipado de 2012/2013 - Bayern.
Para o time de Munique, será a chance de se redimir da temporada passada, quando teve a sorte de fazer a final da Liga dos Campeões em seu estádio - o palco da decisão foi definido antes do início da competição - e acabou perdendo para o Chelsea nos pênaltis. Além disso, pode conquistar seu quinto título na história (ganhou em 1974, 1975, 1976 e 2001). O Borussia espera repetir o feito de 1997 e levantar o troféu continental pela segunda vez.
Enquanto a equipe de Dortmund sofreu para ficar com a vaga, depois de perder para o Real Madrid por 2 a 0 na terça-feira - avançou graças à vitória no jogo de ida por 4 a 1 -, os bávaros não tiveram muitas dificuldades nesta quarta. Como haviam vencido por 4 a 0 na Alemanha, trataram de administrar a enorme vantagem diante de um desesperado Barcelona e chegou aos gols no segundo tempo.
O jogo
Antes mesmo de começar o jogo no Camp Nou, a missão do Barcelona ficou ainda mais complicada, com a surpreendente notícia de que o astro argentino Lionel Messi começaria no banco de reservas. Fora das melhores condições físicas, depois de ter sofrido uma contusão muscular, o melhor jogador do mundo não pôde ajudar a equipe catalã no desafio de reverter a enorme desvantagem. E ele nem chegou a entrar em campo.
No último sábado, o argentino entrou em campo no segundo tempo do empate com o Athletic Bilbao, pelo Campeonato Espanhol, e teve tempo de marcar um belo gol. Mas um desconforto de última hora o fez ficar apenas no banco de reservas nesta quarta, olhando resignado a eliminação do seu time.
Sem Messi, o Barça não teve força ofensiva para ameaçar o Bayern. O técnico Tito Vilanova optou por armar o ataque com Pedro, Fábregas e David Villa, mas não conseguia assustar o goleiro Neuer. Além de exercer uma ótima marcação, anulando a famosa troca de passes do adversário, o time alemão ainda levava perigo quando puxava contra-ataques.
No segundo tempo, havia a expectativa de que o Barcelona voltasse com Messi, o que daria alguma esperança aos quase 90 mil torcedores que lotaram o Camp Nou. Mas o argentino continuou sentado no banco de reservas. E o Bayern aproveitou para conseguir a vitória. O primeiro gol saiu logo aos dois minutos, quando o atacante holandês Robben driblou o lateral brasileiro Adriano e chutou cruzado, marcando um golaço ao seu estilo.
O gol definiu o confronto, desanimando definitivamente o Barcelona, que a partir de então precisaria fazer seis gols e não tomar mais nenhum. Tanto que Vilanova começou a substituir seus principais jogadores, tirando Xavi e Iniesta, e manteve Messi no banco. Diante de um rival já batido, o Bayern, mesmo poupando alguns titulares, aproveitou para aumentar o placar. O segundo gol saiu aos 26 minutos, quando o atacante francês Ribery cruzou para a área e o zagueiro espanhol Piqué marcou contra.
Para fechar a incrível performance, o time bávaro ainda fez mais um gol. Aos 30 minutos, Ribery fez outra boa jogada pela esquerda e cruzou para o atacante alemão Thomas Müller marcar de cabeça. Assim, depois de fazer 7 a 0 no placar agregado, o desafio agora é a final contra o Borussia Dortmund, o que promete provocar uma invasão alemã em Londres no dia 25 de maio.
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