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Joseph Blatter admitiu ter pedido todo o apoio, em meio ao escândalo de corrupção que devassa o futebol mundial. | RUBEN SPRICH/REUTERS
Joseph Blatter admitiu ter pedido todo o apoio, em meio ao escândalo de corrupção que devassa o futebol mundial.| Foto: RUBEN SPRICH/REUTERS

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, renunciou ao cargo na tarde desta terça-feira (2), quatro dias após ser eleito para o quinto mandato. Em pronunciamento na sede da entidade, o dirigente disse não ter apoio para seguir no cargo em meio ao maior escândalo de corrupção da história do futebol mundial, que mandou oito dirigentes para a prisão.

“Meu mandato parece que não é mais apoiado por ninguém”, disse o suíço. ‘”Um novo presidente será eleito para me suceder. Vou continuar a exercer minha função como presidente até um novo presidente ser escolhido’’, prosseguiu.

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Membro do Comitê Executivo da Fifa, Domenico Scala irá conduzir o processo de transição. O próximo Congresso da Fifa está previsto para maio de 2016, mas uma data entre dezembro de 2015 e março do ano que vem deve ser escolhida para a realização de um Congresso Extraordinário.

“Esta nova eleição ocorrerá com tempo suficiente para se encontrar os novos candidados e que eles possam fazer suas candidaturas. Agora, estarei numa posição de focar em implementar ambiciosos protocolos de transparência e reformas para seguir o meu mandato”, afirmou Blatter.

A renúncia de Blatter é consequência de uma operação conjunta do FBI, do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da polícia suíça, que deteve sete dirigentes da Fifa envolvidos em um esquema de corrupção, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. O grupo é acusado de movimentar cerca de US$ 150 milhões em propina em contratos de transmissão e marketing esportivo de torneios como Copa América, Libertadores, Copa Ouro e Copa do Brasil.

Na segunda-feira (1), o escândalo bateu na porta de Blatter. O jornal New York Times noticiou que o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke autorizou o pagamento de US$ 10 milhões em propina a Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, em troca de apoio à candidatura da África do Sul para organizar a Copa do Mundo de 2010.

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