Além de ser derrotado por 2 a 1 pelo Flamengo no clássico da noite do último domingo, quando deu adeus às chances de classificação às semifinais da Taça Guanabara, o Botafogo ainda terminou o dia lamentando a morte do seu torcedor Diego Silva dos Santos, de 28 anos, vítima de um tiro durante conflito nas proximidades do Engenhão antes da partida válida pelo Campeonato Carioca.
Torcedor morre e dois são internados em tiroteio no clássico entre Botafogo e Flamengo
Alvinegro criticou a realização da partida no clássico por falta de policiais - desde sexta-feira, familiares protestam em frente aos quartéis do Rio de Janeiro
Leia a matéria completaNo final da noite de domingo, o clube divulgou uma nota oficial para repudiar a violência entre torcedores e lamentar a morte do jovem seguidor do time. “O Botafogo de Futebol e Regatas lamenta profundamente a morte do torcedor Diego Silva dos Santos, de 28 anos, baleado no entorno do Estádio Nilton Santos, antes do clássico com o Flamengo, neste domingo. O clube presta solidariedade a familiares e amigos da vítima”, ressaltou, no início da nota publicada em seu site.
Em seguida, o Botafogo reclamou da falta de segurança no entorno do Engenhão, onde alguns policiais militares chegaram a admitir à reportagem do Estado no último domingo que o contingente deslocado para a partida foi menor do que o normal por causa das manifestações de familiares de PMs na porta dos batalhões. A assessoria da Polícia Militar, no entanto, informou que o policiamento estava “reforçado” e que o efetivo era suficiente para garantir a segurança das torcidas.
“Toda a violência que cercou o clássico, deixando feridos e prejuízo, é repudiada pelo Botafogo. Para o clube, futebol começa com paz nos estádios e segurança para os torcedores. O clima de insegurança e medo não pode jamais combinar com o esporte”, finalizou o Botafogo, por meio da curta nota oficial que publicou neste domingo.
APOLOGIA À VIOLÊNCIA
Os conflitos entre torcedores antes do clássico, que contaram até com troca de tiros, também deixaram outros feridos além de provocarem a morte do botafoguense Diego Silva dos Santos. E, antes mesmo de lamentar a morte do seu torcedor, o Botafogo acusou o Flamengo de fazer apologia à violência ao comentar uma postagem feita pelo clube adversário nas redes sociais pouco depois do término da partida entre os dois times.
“É sério que estão fazendo apologia à violência em um dia de confusão e morte? Para nós, o futebol não é isso. Começa por paz nos estádios”, escreveu o Botafogo em sua página no Twitter, na qual republicou uma postagem feita pelo próprio Flamengo na mesma rede social para justificar a acusação de que o rival estaria fazendo apologia à violência.
“#CadeVocê? Não adianta fugir, não adianta correr. Deu Mengão no Engenhão só com a Nação: 2 x 1” foi a postagem do Flamengo no Twitter que gerou revolta do Botafogo. Pouco depois, porém, o próprio clube rubro-negro se manifestou por meio desta rede social para lamentar o trágico episódio e os conflitos entre os torcedores antes do clássico. “Lamentamos a morte do torcedor e os ocorridos no Engenhão. Paz sempre. O futebol é alegria”, escreveu.
OUTRA MORTE
O Botafogo, por sinal, lamentou pelo segundo dia seguido a morte de uma pessoa que tem ligação com o time. No último sábado, o clube divulgou nota em sinal de luto pelo assassinato de Henrique Damião Filho, de 68 anos, pai de Alex Damião, atleta de vôlei da equipe botafoguense que disputa a Superliga B. Henrique foi assassinado na noite de sexta-feira, na zona norte do Rio, e a sua morte motivou o Botafogo a decretar luto oficial, colocando a sua bandeira na sua sede de General Severiano a meio mastro.
Por causa da morte do pai do atleta, o jogo que o Botafogo fez no sábado contra o SESC, pela Superliga B, e o clássico de futebol do último domingo contra o Flamengo foram iniciados após execução de um minuto de silêncio.
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