Para a seleção brasileira, uma vitória representará a classificação antecipada às quartas de final da Copa América. Para a Colômbia, a chance de continuar brigando para se manter em uma competição em que chegou com status de uma das favoritas. De um lado estará Neymar, responsável pelos sucessos recentes da equipe. Do outro, James Rodríguez, apagado na derrota para a Venezuela e sob cobrança. Esses são alguns dos fatores que levam a partida desta quarta-feira, às 21 horas (de Brasília), no Estádio Monumental de Santiago, a ser uma das mais aguardadas da primeira fase.
O Brasil tem, internamente, a difícil missão de se livrar da dependência de Neymar. Ainda mais porque o craque está pendurado e se levar amarelo nesta quarta desfalcará o time contra a Venezuela, domingo (21). Se isso vier a ocorrer, é bom que o time já esteja garantido.
A “Neymardependência”, aliás, começa a causar desconforto nos jogadores. Todos, óbvio, elogiam o craque e sentem alívio por tê-lo do seu lado. Mas se incomodam. “A seleção não joga em função de Neymar. Jogamos com o México [amistoso preparatório, vitória por 2 a 0] e fizemos grande partida. Ele chama a responsabilidade pelo jogador que é, mas temos outros jogadores que podem fazer a diferença a qualquer momento”, disse o goleiro Jefferson.
Não foi o que se viu contra o Peru. Na estreia, até o técnico Dunga, normalmente avesso a admitir os defeitos do time, reconheceu que a equipe não foi bem e se não fosse Neymar, a história poderia ter sido outra.
Dunga também está preocupado com a possibilidade de o craque do Barcelona receber cartão amarelo. E pediu ao jogador para tentar se controlar, evitando reclamar com a arbitragem. “Agora dentro do calor do jogo nem sempre é possível se manter 100% focado no que nós falamos”, disse.
O treinador prevê uma partida difícil, pela qualidade do adversário e porque a Colômbia precisa vencer para não fazer as malas de volta para casa antecipadamente. “A rivalidade é grande e pelo fato de os colombianos não terem tido um resultado positivo na primeira rodada vão vir mais concentrados”.
Dunga não revelou a equipe que começa a partida – ele já pode contar com o meia Phillipe Coutinho. Mas deu a entender que não faria alterações, preocupado em aprimorar o entrosamento. “Vamos tentar jogar mais na parte técnica. Vai ser um jogo melhor”.
Mas a maneira de o time jogar, buscando compactação, reduzir espaço dos adversários e tentando os contra-ataques rápidos, não vai mudar. “Quando as coisas não saírem como a gente deseja, não podemos mudar a nossa postura”, completou Dunga.
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