Competições no Brasil estarão entre as primeiras a testar o uso de vídeo para ajudar a arbitragem no futebol. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (2) pela Fifa, que indica que, além dos torneios da CBF, o sistema será testado pela Austrália, Alemanha, Portugal, Holanda e EUA.
Num comunicado emitido na manhã, a Fifa não explica quais competições nacionais usarão o vídeo. Mas indica que serão “várias sob o comando da CBF “. Na Austrália, será a A-League (primeira divisão nacional), além do Campeonato Alemão, a Copa de Portugal, a Supercopa de Portugal e a Major League Soccer (MLS) nos EUA.
Se esses testes derem resultados, a Fifa indica que irá usar a tecnologia no Mundial de Clubes no Japão neste ano, também na condição de testes e sem efeitos nos resultados. Em 2017, todas as federações poderão começar a usar o vídeo como um teste.
Os experimentos são usados como forma de familiarizar técnicos e operadores com o sistema e não necessariamente os jogos serão interrompidos pela tecnologia. Tudo será feito como se o vídeo contasse. Mas a comunicação ao árbitro sobre uma jogada não será realizado, deixando o jogo correr. “Isso significa que não haverá impacto sobre o jogo”, indicou a Fifa.
Os testes reais com todas as implicações apenas vão começar quando todos tiverem tempo para se preparar de forma adequada e a Fifa não espera que isso ocorra até 2017. A entidade não exclui a possibilidade de escolher um amistoso ou mesmo uma competição, como o Mundial de Clubes, para realizar testes “offline” ou mesmo reais.
“Essa é a melhor forma de responder se o uso do vídeo para ajudar os árbitros vai funcionar e melhorar o jogo”, declarou o secretário da International Board (Ifab), Lukas Brud. A entidade zela pelas regras do futebol e foi criada antes mesmo da Fifa.
“Os organizadores dessas competições podem agora começar a instalar e testar os equipamentos, assim como treinar árbitros e funcionários técnicos”, indicou. Caso a Ifab de um sinal verde, cada federação nacional poderá decidir quando começar a usar a tecnologia de forma oficial.
Apesar do sinal verde para Brasil e outros países, os técnicos estimam que uma decisão final não deverá ser tomada antes de 2018 e 2019.