
Os distúrbios durante a celebração da vitória do Atlético Nacional sobre o equatoriano Independiente Vale na final da Copa Libertadores deixaram três mortos, um em Medellín e dois nos arredores de Bogotá, de acordo com dados preliminares anunciados nesta quinta-feira pela polícia. O número de feridos subiu para 23, 12 em Bogotá e o restante em Medellín. Além disso, ocorreram mais de 600 brigas e foram presas mais de uma centena de pessoas.
A festa popular começou depois que a equipe colombiano ganhou por 1 a 0 na noite de quarta-feira, selando a conquista com um placar global de 2 a 1 sobre o modesto clube equatoriano, a sensação do torneio. A vitória de quarta-feira deu ao Atlético Nacional o seu segundo título da Libertadores - o primeiro foi alcançado em 1989, com uma vitória nos pênaltis sobre o paraguaio Olimpia.
O torcedor Juan Esteban González, com a camiseta do Independiente Medellín, desafiou para uma briga um fã do Nacional e este o feriu no pescoço com uma faca, segundo a polícia. González, de 22 años, morreu na madrugada desta quinta-feira em um hospital da cidade.
Outros incidentes atribuídos aos torcedores arruaceiros do Nacional ocorreram na cidade de Kennedy, a sudoeste de Bogotá, e houve dois mortos, informou a polícia. Membros de uma família com a camiseta do Millonarios foram atacados por torcedores rivais, segundo as autoridades.
A polícia de trânsito, por sua vez, relatou a morte de um homem com a camiseta verde do Nacional que bateu com a sua moto em um carro no oeste da cidade de Bogotá.
Título merecido
Após o confronto desta quarta-feira, ainda antes dos conflitos fora de campo, a fanática torcida local, os jogadores e o técnico Reinaldo Rueda fizeram uma grande festa no estádio Atanasio Girardot para comemorar a taça que garantiu também a equipe colombiana na próxima edição do Mundial de Clubes da Fifa.
E, ao fim desta Libertadores, um fato é incontestável: o título foi muito merecido, pois o Atlético Nacional foi o time de melhor campanha na competição. “Ganhamos com merecimentos diante de um rival muito difícil, que nos obrigou a nos desdobrarmos em campo”, ressaltou o técnico Reinaldo Rueda, que viu seu time triunfar com uma vitória por placar mínimo depois de ter conquistado um empate por 1 a 1 no confronto de ida da final, no Equador, na semana passada.
Já o atacante Borja, autor do gol do título e que voltou a ser decisivo como já havia sido nas semifinais diante do São Paulo - contra o qual balançou as redes quatro vezes em duas partidas -, ressaltou que a conquista do Atlético Nacional foi “um sonho tornado realidade”. “O aproveitaremos em grande estilo”, comemorou.
O venezuelano Alejandro Guerra, outro campeão pela equipe colombiana, também qualificou o título como um “sonho realizado”. “O caminho foi longo e a vitória foi o resultado do trabalho de todos os jogadores. Esta conquista é de todos”, enfatizou.
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