O Paraná apresentou oficialmente o novo técnico, Cristian de Souza. Aos 39 anos, o comandante assume a difícil missão de continuar o bom trabalho de Wagner Lopes e levar o Tricolor novamente à Série A.
TABELA: veja os jogos do Paraná na Série B
Com experiências em categorias de base de Grêmio, Figueirense e Ceará, Cristian deixou o Rio Branco do Acre para comandar a equipe paranista, que já estreia nesse sábado (13), às 16h30, contra o ABC-RN, em Natal, pela Série B de Campeonato Brasileiro.
Confira os principais pontos da entrevista coletiva com o novo treinador do Paraná.
Comparação Wagner
Ao chegar após um bom comando de Wagner Lopes, a comparação com o antigo treinador é inevitável. “A ideia que o Wagner vinha propondo, time organizado defensivamente, bloco baixo defensivo e saída rápida na transição ofensiva nada mais é do que a lógica do futebol moderno. Tenho certeza que a ideia dele era de manter esses conceitos, sem causar constrangimento no grupo de jogadores.”
Questionado sobre o sistema de avaliação que Wagner iria propor, de analisar o desempenho a cada oito jogos na competição, Cristian explicou como se diferencia: “Eu penso jogo a jogo. Sempre o próximo é o mais importante. Em um campeonato de pontos corridos, semrpe o próximo jogo é uma final.”
Quem é Cristian de Souza
Jogador dos 14 aos 24 anos, Cristian logo começou a carreira de técnico. Formado em Educação Física, está há quase 16 anos somente em cargos à beira de campo. “Me considero um cara que está sempre atrás de aprender as coisas do futebol. Estamos vendo uma renovação muito grande dos treinadores e das ideias, principalmente da postura. O Paraná Clube é meu maior desafio”.
O novo treinador vem de uma sequência de aproximadamente seis anos oscilando entre comando de times da base e profissionais. Possui experiência em diversos cantos do país, do interior gaúcho ao nordeste, passando por onde estava, no Acre.”Chegou a hora, estou em um momento maduro da minha carreira. Dentro do meu planejamento, as coisas aconteceram, estão dentro do que havia previsto. E agora me sinto muito pronto para poder tocar esse desafio”, esclarece.
Sobre seu comportamento dentro de campo, Cristian detalha: “Sou um cara sanguíneo, competitivo. Gosto de ganhar. Mas hoje me considero um cara bem equilibrado dentro de campo. Tive uma expulsão pelo Rio Branco, e antes disso, somente há uns seis anos”.
Metodologia de trabalho
Cristian analisou o padrão de jogo do Tricolor e o que pretende realizar com a equipe. “O Paraná vinha sendo um time com muita organização tática, principalmente na defesa, sem a bola. Quando perdia a bola, pressionava rápido o adversário. Com tempo, inteligência e muita paciência a gente vai colocando algumas coisas. Vamos reforçar os bons hábitos que a equipe tinha“.
O técnico ainda explicou que não trabalha com esquemas táticos padrões. “Quanto a esquema tático, há muito tempo tenho uma ideia diferente. Não baseio em números, como 4-4-2 ou 3-5-2 e sim em cima de comportamentos. O que fazer com a bola, sem a bola”.
Confusão com torcedores
Em um caso recente, Cristian se envolveu em uma briga com torcedores do seu ex-time, o Rio Branco-AC. Sem receios, o treinador deu sua versão. “Tinha uma questão política. Eu acabei entrando em uma armação lá. Eu estava saindo de um jogo, no estacionamento e esse grupo de torcedores vieram ao nosso encontro jogando garrafas d’agua. A gente ia apanhar, então foi uma situação de defesa. Até estávamos em menor número.”
Série A
“Acredito que o Paraná pode voltar. Entramos em iguais condições em relação aos outros 19 clubes. O Paraná está atento e sabe que precisa se reforçar. Mas tudo ao seu tempo, com calma, na hora certa vamos agregar com qualidade. O grupo é muito forte, tem qualidade e principalmente o que senti, tem muita vontade e sangue nos olhos, quer subir”.
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