O Paraná do técnico interino Fernando Miguel, que enfrenta o Criciúma na sexta-feira (3), fora de casa, será diferente do time comandando pelo antecessor Fernando Diniz principalmente taticamente. O treinador não especificou a mudança, mas a tendência é que a equipe saia do 4-4-2 para um 4-5-1, com uma povoação maior do meio de campo e menos jogadores improvisados. A posse de bola segue sendo importante, mas alguns atletas que não estavam sendo utilizados, como o zagueiro Zé Roberto e o volante Jean, voltam a ganhar espaço.
Para o próximo jogo, a tendência é que a equipe seja formada por Felipe Alves; Ricardinho, Luciano Castán, Zé Roberto e Fernandes; Jean, Éder, Rafael Carioca, Rafael Costa e Rosinei; Lucio Flavio (Carlão).
Na manhã dessa quinta-feira (1) o novo comandante paranista falou sobre a nova função e o que espera da equipe nos próximos jogos. Veja abaixo os trechos mais importantes:
Você prevê uma mudança profunda em relação ao trabalho do Diniz?
O estilo que vinha sendo adotado é diferente, acho que é unânime isso. Muitas coisas boas vamos aproveitar, mas eu devo mudar o esquema um pouquinho, ajustar alguma coisa, mas bem pouco mesmo para que os atletas possam entender. Tivemos uma semana cheia, mas ao meu ver ainda não foi o ideal para que possamos implantar o que eu penso.
Você pretende priorizar a questão ofensiva?
Com certeza. A gente precisa deixar a parte ofensiva bem ajustada, bem treinada, para que possamos conquistar as vitórias. Agora eu vou pensar jogo a jogo, vou escalar, formar taticamente a equipe de acordo com os adversários. Cada jogo vai ser uma história. Espero que a gente já possa começar bem contra o Criciúma, fazer um bom jogo lá, ir com a cabeça tranquila e quem sabe trazer os três pontos.
O que você quer mudar? Quer manter a posse de bola, saindo jogando desde o goleiro?
Isso era um ponto positivo da nossa equipe. Ficar com a posse da bola. Isso com certeza vou tentar manter sim. Agora a parte tática a gente vai procurar mudar o posicionamento dos jogadores dentro de campo, tanto na marcação como para jogar. A gente vai priorizar outras formas. Acho que é basicamente isso.
O que o levou a escolher o Jean nos treinamentos?
Pelo estilo de jogo. O Jean é um menino da base, que eu venho acompanhando o trabalho desde antes de eu entrar no Paraná. É uma posição que eu conheço bem, joguei ali. Um menino que tem um talento bom, tem uma marcação excelente. Acho que ele vai ser importante. Mas ainda vamos definir se eu começo com ele ou não.
Existe uma preocupação para o time jogar mais pelo lado direito e não só pelo esquerdo?
Com certeza, existe sim uma preocupação para um maior equilíbrio. Nós atacávamos muito pelo lado esquerdo, um ataque muito bom, que não vamos deixar de ter, mas vamos procurar também pelo outro lado. Nos treinamentos durante a semana nós já tentamos visar isso.
Pensa em ser mantido como técnico no ano que vem?
Com certeza eu tenho essa ambição. Estou aqui há pouco mais de quatro meses como auxiliar. Tantos treinadores começaram dessa forma, como interinos, e o negócio andou e hoje são o que são. Espero que eu possa fazer um bom trabalho.
A sua personalidade é mais parecida com o Nedo Xavier ou o Fernando Diniz?
Um meio termo. O Nedo era uma pessoa mais calma, de poucas palavras. O Diniz já era uma cobrança um pouco mais excessiva. Os dois tem as suas qualidades, seus méritos. Eu vou procurar ser um meio termo. Vai ter a cobrança, com certeza. De uma outra forma? Talvez. Talvez até mesmo da mesma forma, dependendo do caso. Mas vou procurar ser um meio termo, dialogar mais, ajustar mais na base do diálogo. Espero que dê certo.
Um treinador que você se inspira?
Admiro o trabalho do Tite no Corinthians. É uma equipe bastante equilibrada, que toma poucos gols e também não é de fazer tantos gols, mas obtém resultados. Um treinador que teve seus altos e baixos, mas tem se firmado bem no mercado há um tempo. É um treinador que eu admiro.
Você pretende fazer improvisações como o Diniz?
Vou procurar não improvisar. Jogadores em suas posições, trabalhar com os atletas. Eu pretendo não improvisar e usar o que a gente tem de acordo com as suas características.
Você era um volante marcador. Essa é a pegada que o seu time também terá?
A minha palavra chave é intensidade. Jogador hoje que não tem intensidade não joga mais no futebol. Eu quando jogador era o famoso caça-craque. Não desistia nunca, marcava, caia, levantava. Cada uma dentro das suas características, eu fui um jogador intenso. Espero que os atletas façam isso dentro de campo.
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