Promessa de campanha do candidato eleito Leonardo Oliveira, a aproximação física entre categorias de base e elenco profissional deverá ser uma das primeiras medidas do novo mandatário, que assume oficialmente a presidência do Paraná em dezembro.
O local escolhido para a execução do projeto deverá ser o CT Ninho da Gralha, situado em Quatro Barras. Para que isso aconteça, a casa da base paranista vem passando por um processo de transição administrativa e financeira. O empresário Carlos Werner, que banca e administra a estrutura desde meados de 2013, deixará suas funções em dezembro. No campo de gestão, Werner já elegeu um sucessor: o contador Itamar Bill, 47 anos, que há três anos vinha trabalhando no Rio Branco.
Financeiramente, a diretoria estuda remanejar o aporte de outro mecenas paranista. O investimento feito pelo empresário Luiz Felipe Rauen, dono da Racco, no CT Barcelos, seria transferido para o Ninho. Dessa forma, o time profissional passaria a trabalhar, já em 2016, junto com a garotada em Quatro Barras. “Essa é uma das possibilidades de que estamos tratando”, confirma Oliveira, que prefere não dar maiores detalhes da negociação. O contrato do Tricolor com o CT Barcelos, firmado em 2014, tem validade de quatro anos.
“Vou entregar a base montada. Na área financeira, temos dinheiro até o final do ano. Em seguida, o Leonardo [Oliveira] tem um projeto para o ano que vem”, adianta Werner, que indicou a contratação de Itamar Bill. “O Itamar já vem trabalhando comigo há uma semana, mas não podíamos anunciá-lo antes da eleição”, conta o empresário.
Enquanto Bill ficará responsável pela área administrativa, a coordenação esportiva da base fica nas mãos de Luciano Gusso, técnico do time no Estadual deste ano. “Eu vou cuidar da parte estrutural. O local já tem uma estrutura muito boa, mas requer melhorias, já estamos planejando isso”, explica Bill.
Apesar dos projetos, o Ninho é alvo de um imbróglio judicial. O Tricolor havia cedido o imóvel como garantia ao empresário Leo Rabello, do caso Thiago Neves, para quem o clube deve cerca de R$27 milhões. No entanto, a empresa BASE, responsável pela construção da estrutura, alega que, contratualmente, o local não pode ser penhorado.
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