Ponto forte
Sistema defensivo Se o Tricolor teve méritos neste início da temporada foi em desenvolver uma boa defesa. No Paranaense, o time sofreu uma média de 0,7 gols por jogo, a menor desde o ano 2000. Destaque para o goleiro Juninho e para a liderança de Luiz Henrique.
Ponto fraco
Bolas altas e ataque Cruzamento na área. Essa é a chave para vencer a boa proteção organizada pelo técnico Marcelo Oliveira na frente do gol tricolor. Durante todo o Estadual, o time sofreu com as panes nos jogos aéreos e nas bolas cruzadas. A falta de eficiência do ataque também é crônica.
O Paraná aumenta a partir de amanhã seu calvário na Série B para três temporadas consecutivas. E mais uma vez, a aposta do clube é remontar um elenco que fracassou no Estadual. Foram contratados oito jogadores e outros três devem chegar , alguns que se destacaram no Paranaense por equipes do interior e outros provenientes de times mais modestos de Rio e Minas Gerais.
A estratégia tem sido utilizada no clube mesmo antes do rebaixamento, em 2007. Garimpar talentos escondidos pelo país, vê-los se destacar no Brasileirão e depois negociá-los no fim do ano se tornou um ciclo comum no Tricolor. Montar um time completamente diferente a cada ano depende também da sorte. Quando ela não ajudou, veio a queda impulsionada ainda por problemas políticos internos.
Aos poucos, o Paraná tenta se reconstruir. E prova disso é a manutenção, na medida do possível em termos financeiros, de uma base de um campeonato para outro. Apesar de o desmanche ser gradativamente menor, a rotatividade ainda é alta. Assim, remendar o elenco segue sendo inevitável. "Não é certo afirmar que o time foi desmontado", reclama o diretor de futebol tricolor Guto Mello. "A base foi mantida e nós fomos atrás de reforços em posições carentes e para suprir a ausência dos que saíram", afirma.
Perdas garantidas são as dos meias Élvis (emprestado ao Botafogo), Pará (transferido ao Avaí) e Éverton (Bragantino). Além do lateral Yohei, cujo contrato acabou. Há ainda jogadores que não corresponderam e que são negociáveis, como o atacante Wellington Silva. O artilheiro Marcelo Toscano por pouco não engrossou a lista. Por falta de pagamento, entrou com uma ação contra o clube. Após conversas com a diretoria, o "mal-entendido" foi resolvido. E ele, reintegrado.
A busca por reforços dentro do próprio estado, em uma competição considerada fraca tecnicamente, é defendida por Mello. "O nível do Paranaense não é tão baixo quanto dizem. A imprensa às vezes deprecia o nosso campeonato. O Corinthians-PR teve uma campanha ruim no octogonal, mas na Copa do Brasil eliminou o Ceará e complicou a vida do Vasco, dois clubes da Série A", argumenta. "E todos os jogadores que chegaram foram avaliados e aprovados pela comissão técnica", continua o dirigente tricolor.
Mesmo diante dos problemas financeiros e da chegada de muitos jogadores o que faz do time uma incógnita , o otimismo é palavra de ordem. "Com os reforços e a manutenção do Marcelo, que é um excelente técnico, o Paraná será forte candidato à Série A", decreta o presidente Aquilino Romani.
Parceria é a alternativa para a falta de recursos
A crise financeira do Paraná longe da Primeira Divisão é grave o time já passou por uma greve de jogadores neste ano e avisou que não irá conseguir manter os salários em dia. Assim, a única solução para qualificar um pouco o elenco foi apelar para uma nova parceria. Quem chega para auxiliar o Tricolor, desta vez, é o empresário Marcos Amaral, da Amaral Sports. O diretor de futebol tricolor aponta, porém, diferença entre este arranjo e os anteriores. "O interesse agora parte do clube. O Paraná quando quer um jogador procura o Amaral que nos ajuda a viabilizar o negócio. Não há imposição de jogadores como na parceria com a L.A.". De cada atleta trazido, o Paraná fica com 20% dos direitos federativos, com opção de compra de mais 20% após o contrato. Para minimizar o drama da falta de verbas, o presidente Aquilino Romani faz um apelo: "Precisamos do apoio do nosso torcedor".
Deixe sua opinião