Brasileirão é a hora da verdade para time principal do Atlético

Vencida quase metade da temporada, a torcida do Atlético poderá, enfim, conhecer o potencial de sua equipe. Mistério que é consequência do planejamento instituído pelo clube, fruto das diretrizes impostas pelo presidente Mario Celso Petraglia e bancadas pelo diretor de futebol Antônio Lopes.

De janeiro a maio, o atleticano se acostumou com a molecada do time sub-23, vice-campeão Paranaense. O elenco principal jogou amistosos e realizou somente três partidas de competição, com vitórias diante de Brasil de Pelotas-RS, duas vezes, e América-RN, pela Copa do Brasil.

Apesar da carência de testes, o Furacão aposta alto no retorno à Série A, após a terceira colocação na Série B no ano passado. "Fizemos uma boa pré-temporada, estamos bem preparados para fazer uma grande campanha. O Atlético tem como prioridade tentar alcançar uma vaga para a Libertadores", comenta Antônio Lopes.

Para tanto, o Rubro-Negro manda a campo um conjunto praticamente idêntico ao do ano passado, a começar pelo comando do técnico Ricardo Drubscky. Dos onze titulares, oito são remanescentes. Além do meia Éverton, cria do Paraná e ex-Flamengo, o Furacão acredita nos garotos revelados durante o Estadual, especialmente no atacante Douglas Coutinho.

Um complicador será a ausência, por mais um ano, do fator Baixada. Ainda em obras para a Copa do Mundo, o estádio deve ficar pronto somente no final do ano. Enquanto isso, o Atlético mandará os seus compromissos na Vila Capanema, emprestada pelo Paraná.

Albari Rosa/Gazeta do Povo

Entrevista

Douglas Coutinho, atacante do Atlético.

Douglas Coutinho foi o destaque do Atlético no Paranaense – a tal ponto que ganhou saudação especial da torcida rubro-negra. Com toda a justiça. Mesmo atuando pela inexperiente equipe sub-23, o avante de 19 anos marcou 11 gols em 20 partidas. E na estreia pelo conjunto principal, já balançou a rede, na vitória por 6 a 2 diante do América-RN, pela Copa do Brasil.

Você já se sente integrado ao time de cima?

Estou no começo. Na equipe principal é outra história. Vou ter que construir o meu espaço. Tenho que dar continuidade ao meu trabalho para conseguir isso.

Como você avalia a tua ascensão?

Tudo que aconteceu foi muito rápido. Mas tive as oportunida­des e soube aproveitar, inclusive na minha estreia com o América-RN. Espero continuar assim.