A chegada da rodada do final de semana traz perspectivas diferentes para Atlético , Coritiba e Paraná . Enquanto o Furacão tenta curar as feridas da derrota no clássico rapidamente, para não perder o embalo e se manter próximo dos ponteiros do Brasileiro , o Coxa venceu o rival e conseguiu sair da zona de rebaixamento. O triunfo trouxe também um novo candidato a ídolo ao Alto da Gloria, o inglês naturalizado turco Kazim, que marcou o gol da vitória alviverde. Já no Tricolor, o otimismo parece estar tomando conta, após bater o líder da Série B , o Vasco, no Rio de Janeiro.
Os colunistas da Gazeta do Povo, Carneiro Neto, Edson Militão e Luiz Augusto Xavier comentam os principais assuntos da semana no trio de ferro.
Alex Brasil é um bom nome para o futebol do Coritiba?
Carneiro Neto
Muito difícil dizer, fazer uma avaliação do profissional, até porque não se tem muito conhecimento do que será a atuação dele. O mais indicado para o Coritiba seria encontrar pessoas com mais raízes no clube, que conhecem suas idiossincrasias. Precisa fazer o feijão com arroz, e para isso precisa de gente com identidade. A diretoria erra e tem errado nisso. Quer um CEO, uma pessoa renomada, mas que vem de maneira meio artificial. Não é nada contra a pessoa, é a proposta que precisa ser reavaliada.
Edson Militão
Todo mundo cresce com os erros. Se ele souber tirar proveito do mal-estar que causou por atitudes extrafutebol, pode ser ideal para o cargo, que há tempos está ‘vazio’ no Coritiba. Tem relativa experiência e deixou boa impressão da última passagem pelo futebol paranaense, quando trabalhou no Paraná e montou um bom time. Acho que preenche o cargo.
Luiz Augusto Xavier
Acho bom, um cara com experiência, foi responsável pela montagem de um bom time no Paraná, que só não foi além naquela ocasião porque se desmanchou por falta de pagamento. Ele conhece administração, conhece o mercado, acredito ser uma contratação interessante.
Kazim tem potencial para ídolo?
Carneiro Neto
Muito prematuro. Outro dia teve o paraguaio [Ortega], que cavou pênalti no clássico e todo mundo se empolgou. No fim, ele se apagou como uma estrela cadente e virou um avante quase decadente. É muito difícil dizer, o gol foi importante, salvou um jogo fraco, e com isso virou uma esperança para a torcida.
Edson Militão
Muito cedo para isso. Interessante que quando chega um estrangeiro, parece que cria-se um mito no entorno. De que é carismático, bom de bola, espontâneo, enfim. Por quê? Porém, o contraponto é, por que não acreditar? Com o carisma e a desenvoltura que jogou, decidiu o jogo. Por que não?
Luiz Augusto Xavier
Não sei se tem, não deu para ver nesses 15 minutos que ele ficou em campo, mas é inegável que ele tem carisma. Entrar já mostrando essa personalidade e, de cara, fazer um gol, já ganha a simpatia da torcida. Potencial técnico é que a gente precisa esperar para ver, mas o Alex entende de bola e, pelo que sabemos, deu aval, então ele deve ter algo mais a mostrar.
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Atlético pode brigar pelo G4?
Carneiro Neto
Difícil, é um time bem montado pelo Paulo Autuori mas também não é um time completo. É irregular, não tem consistência. Varia muito, principalmente fora da Arena, onde encontra muitas dificuldades para chegar ao gol. Os jogadores têm boa técnica, mas o Atlético ainda não está preparado como equipe para chegar. Precisaria contratar mais uns dois ou três jogadores de maior envergadura para rechear o grupo, especialmente do meio para a frente, para competir lá em cima. Acho que vai ficar no meio da tabela.
Edson Militão
Vai brigar a partir do momento que passar a ganhar fora de adversários concorrentes ao G4. Nesse momento, precisa reafirmar o que fez contra o São Paulo. Vinha da empolgação de sua melhor partida, contra o Grêmio, e acabou caindo diante do rival, isso mostra que a equipe ainda precisa de regularidade. Não seria em função da adaptação ao piso? Os times que vêm enfrentar o Atlético na Arena precisam fazer um processo de adaptação ao gramado diferente, ao passo que o Atlético precisa se adaptar sempre que sai de seu estádio. O que era para ser um diferencial técnico pode estar se tornando uma desvantagem competitiva.
Luiz Augusto Xavier
Sim, tem uma equipe equilibrada, o rodízio do Autuori está dando certo, preservando jogadores e o time está começando a produzir de acordo com a vontade do treinador. Não quero dizer que vá ficar no G4, que já esteja credenciado para isso, mas tem essa possibilidade.
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O Paraná entrou no caminho?
Carneiro Neto
É cedo, mas espero que sim, porque a disposição do time foi admirável contra o Vasco. É uma situação complicada, o time tem imperfeições, coisas que o técnico já deve ter observado, mas a primeira impressão é que sim. A gente torce para que dê certo, que o Paraná evolua, porque a Série B esse ano está muito complicada, há muito equilíbrio.
Edson Militão
Dá para cravar que entrou desde que carimbe mais duas partidas. A arrancada tem de ser agora, contra Bragantino e Avaí. Uma sequência de três vitórias faz a diferença lá na frente, é só lembrar o Santa Cruz no ano passado, que mais ou menos nessa altura deu uma arrancada e acabou subindo. Não vejo nada de excepcional individualmente no time, mas o conjunto contra o Vasco era compacto e teve boa dosagem física. Você não viu ninguém morto no final da partida. É fundamental para enfrentar esse campeonato ter uma boa dosagem física, não tem qualidade que aguente essa maratona de jogos seguidos.
Luiz Augusto Xavier
Tudo indica que sim. É a história que a gente fala desde o Paranaense, o time é bom mas não tem muitas opções. Talvez o técnico [Claudinei Oliveira] estivesse com um fórmula cansada, sem saber como usar o melhor de suas peças. Parece que o Martelotte chegou e conseguiu mudar um pouco as coisas, extraiu qualidades que o time não estava mais conseguindo entregar.
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