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O presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger e o diretor jurídico do clube,  Ricardo Cordeiro. | /Figueirense/Divulgação
O presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger e o diretor jurídico do clube, Ricardo Cordeiro.| Foto: /Figueirense/Divulgação

O presidente do Figueirense, Wiflredo Brillinger, concedeu uma entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira para explicar a ação que o clube protocolou no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedindo a anulação da partida do último domingo entre o clube catarinense e o Palmeiras, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. O Figueirense vai defender no pleno que houve erro de direito por parte do árbitro Igor Junio Benevenuto (MG) ao não interromper a cobrança de lateral irregular de Dudu para Gabriel Jesus, que resultou no gol da vitória da equipe paulista.

Com um relatório de supostos erros da arbitragem cometidos contra o seu clube, Brillinger lamentou o ocorrido. “Estamos preocupados em buscar o direito do Figueirense. Enviamos este relatório para a comissão de arbitragem com o prejuízo que o Figueirense teve no 1º turno por conta do apito, um trabalho bastante detalhado, que reuniu 14 lances em que o nosso clube foi prejudicado. A comissão reconheceu 9 destes 14 lances. Achávamos que depois disto as coisas iam melhorar, mas não foi bem assim”, disse o presidente, que defendeu a profissionalização da categoria.

Logo após o jogo, em entrevista à ESPN Brasil, Brillinger foi mais enfático na crítica à arbitragem do jogo. “Foi uma vergonha, um dia negro para o futebol. Você não pode admitir que um árbitro faça o que fez. Uma atuação desastrosa, completamente parcial em função da pressão por parte do Palmeiras. Não tinha a menor condição desta arbitragem apitar”, disse.

Jogadores, comissão técnica, diretoria e torcedores reclamaram bastante da atuação de Benevenuto, que marcou um pênalti para o clube paulista em disputa de bola aérea entre Bruno Alves e Gabriel Jesus, não expulsou Dudu, que já tinha cartão amarelo e usou o braço para interromper uma jogada adversária, e ignorou uma falta no atacante Rafael Silva, dentro da área.

No entanto, a ação protocolada nesta terça-feira pelo corpo jurídico do Figueirense diz respeito apenas ao lance do segundo gol. A cobrança de Dudu foi feita em desacordo com a legislação, segundo explicou na coletiva o advogado do clube, Ricardo Cordeiro. “Não é uma questão interpretativa, mas um erro crasso. Pedimos anulação pelo lance de lateral que resultou no segundo gol. É uma medida legítima, legal, pedindo a impugnação para que não se compute estes pontos ao Palmeiras.

“A irregularidade se observa sob dois aspectos. Como se vê na prova de vídeo anexa, a primeira flagrante ilegalidade é o fato do atleta em questão não estar de frente para o campo de jogo. A imagem é flagrante, sendo certo, inclusive, que o atleta faz o arremesso ‘em movimento’. A segunda e, talvez, mais grave, é o fato de que a bola não entra em jogo. Mais uma vez desprovido de qualquer subjetividade, a bola “quica” fora de campo antes de alcançar o outro atleta do Palmeiras, que dá sequência ao lance até o gol”, afirma trecho do documento protocolado no tribunal.

Após o clube carioca ter a vitória sobre o Fluminense na última quinta-feira também contestada no STJD, o resultado da partida foi suspenso, o que deixou o Palmeiras com uma vantagem de sete pontos na liderança do Brasileirão. Já o Figueirense luta na parte de baixo contra o rebaixamento e é, atualmente, o 18º colocado, com 32 pontos.

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