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Torcedores durante Atletiba: novembro é de emoção. | / Gazeta do Povo
Torcedores durante Atletiba: novembro é de emoção.| Foto: / Gazeta do Povo

Foram meses de espera até esse momento: em 5 jogos – cerca de um mês – o Brasileirão 2016 irá terminar com festa ou choro, dependendo do time. Alguns já até sonham com a velha zona da pasmaceira, outros ficarão frustrados se estiverem nela. É o caso da dupla Atletiba. A partir da 34ª rodada, quando Atlético e Coritiba entrarem em campo, cada dividida, cada chute a gol errado ou bem sucedido irá ser fundamental para um 2017 melhor. (VEJA O GRÁFICO DE CHANCES E RISCOS)

Para o Rubro-Negro não tem mais o que adiar: é preciso pontuar fora de casa.

A começar pelo próximo jogo contra o Vitória, domingo, em Salvador. Justo o Leão baiano, que ajudou o Atlético segurando o Fluminense no Rio. Se dependesse apenas do desempenho longe de Curitiba, atleticanos fariam contas contra o rebaixamento. Fora, o time só somou mais pontos que Figueirense e América-MG e tem desempenho pior que o do Santa Cruz. A briga no topo da tabela poderia ser até por título se o time – que perdeu peças como Ewandro e Walter – não tivesse perdido fora de casa contra seis dos sete últimos. A exceção é o adversário que falta, o Vitória.

Depois do Vitória, o Atlético (48% de chances de se classificar) ainda seguirá longe da Arena, para pegar o Fluminense (11%) no Rio. Então, vem o Sport na Arena e outra decisão direta, novamente fora, contra o Corinthians (31%). As contas indicam que com 59 pontos, em média, um time fica na sexta posição desde 2006, quando a Série A passou a ter 20 clubes – segundo o site Infobola, especializado na matemática do Brasileirão, precisa 61.

O que atrapalha o Atlético são os confrontos diretos. Se buscar os pontos fora contra os rivais, poderá confirmar a vaga na Libertadores contra o Flamengo, em casa, em jogo que pode valer título ao adversário. Por via das dúvidas, todo atleticano também é um pouco Galo, que se ganhar a Copa do Brasil abre um G7 no Brasileirão.

A missão do Coritiba (14% de risco de queda) é mais tensa. Errar na reta final pode custar a vaga na elite, um pesadelo que nenhum coxa-branca quer reviver. A vantagem é decidir em casa na penúltima rodada contra o Vitória (51%). Até lá, só encrenca. Recebe o Atlético-MG já na próxima rodada, em jogo que pode ser o último suspiro do Galo pelo Brasileirão. Menos mal que o time do ex-coxa Marcelo Oliveira estará dividido com a Copa do Brasil, com semifinal a jogar na mesma semana. O Coxa empata demais em casa. São 7 empates e 7 vitórias, com apenas 2 derrotas. Catorze pontos que ficaram pelo caminho dentro do Couto.

Também no Couto será o duelo contra o Santa Cruz, que poderá chegar rebaixado, mas como franco-atirador. Alerta: em casa, o Coritiba perdeu pontos para Figueirense (93%) e Inter (29%), concorrentes diretos contra a queda. Em tese, 45 pontos serão suficientes, como na média dos últimos 10 anos. Raphael Veiga, cotado no Palmeiras e destaque da arrancada do início do returno, precisa melhorar produção, assim como Juan e Kléber, os nomes do time. A segurança é o goleiro Wilson, que faz ótimo campeonato.

Algumas posições já estão bem claras: Santa Cruz e América-MG já verificam roteiros para a Série B, com o Figueirense muito próximo de entrar no pacote. São Paulo e Chapecoense se planejam pra próxima temporada – a Chape ainda sonha com a Sul-Americana, em que é semifinalista. Em cima, Palmeiras e Flamengo correm atrás da taça, com o Santos esperançoso e um Atlético-MG jogando as últimas fichas. Melhor do returno, o Botafogo parece garantido na Libertadores, que ainda está ao alcance do Grêmio e dos clubes já citados. Em 30 dias, ninguém mais poderá reclamar do que não fez, apenas comemorar ou lamentar até 2017.

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