Sem ‘matador’, Brasileirão corre risco de ter o pior artilheiro da história

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Se Fred, Robinho, Gabriel Jesus e companhia não desencantarem nessas últimas cinco rodadas, o Brasileirão-2016 pode ficar marcado nas estatísticas como o pior em relação à eficiência dos artilheiros desde 2003, quando o campeonato começou a ser disputado no sistema de pontos corridos.

De lá para cá, a pior marca havia sido registrada em 2006, quando Souza foi artilheiro da competição marcando apenas 17 gols pelo Goiás. Neste ano, até agora Fred (Atlético-MG) marcou apenas 13, seguido pelo companheiro Robinho, com 12. Diego Souza (Sport), Gabriel Jesus (Palmeiras), William Pottker (Ponte Preta) e Sassá (Botafogo) balançaram 11 vezes as redes adversárias.

INFOGRÁFICO: confira todos os artilheiros dos pontos corridos e compare com os goleadores deste ano

Fred, que marcou dois gols pelo Fluminense e o restante pelo Galo, tem média de apenas 0,43 gol por jogo e neste critério fica atrás de Gabriel Jesus. O palmeirense futuro marcou 11 gols em 20 jogos e tem média de 0,55 gol/jogo e ainda assim fica devendo em relação às outras edições do Nacional.

Na história do Campeonato Brasileiro, a melhor média foi registrada por Reinaldo em 1977 pelo Atlético-MG e parece pouco provável de ser batida nos tempos atuais. Em 18 jogos, ele fez espantosos 28 gols, uma média de 1,56 gol por partida. Além dele, outros seis artilheiros tiveram médias superiores a um gol por jogo na história do Nacional: Ramon (Santa Cruz, em 1973), Zico (Flamengo, em 1980), Edmundo (Vasco, em 1997), Guilherme (Atlético-MG, em 1999) e Romário (Vasco, em 2001),

Dupla Atletiba tem gols distribuídos

Longe das marcas do rubro-negro Washington (34 gols em 2004) e do coxa-branca Keirrison (21 gols em 2008), a dupla Atletiba está longe de concorrer à artilharia neste ano. Os dois clubes vem distribuindo bem os seus gols até aqui. No Coxa, os 36 gols foram divididos entre 19 jogadores. No Atlético, foram 13 os responsáveis pelos 33 gols. Kléber e Pablo lideram as listas, com 7 gols.

Seca não é exclusiva da Série A

O “pouco apetite de gols” também está presente na Série B. A artilharia da Segundona atualmente é liderada por Felipe Garcia, do Brasil de Pelotas, com apenas 13 gols. Se ele, ou qualquer outro atleta, não alcançar os 17 gols ao final do campeonato será a pior marca da divisão dos últimos 11 anos. Restam cinco rodadas.