17,4 mil pessoas foram à Fonte Nova no 1º jogo pós-Copa: menos da metade da média do Mundial| Foto: Ulisses Dumas/ Ag. BAPress/ Folhapress

As duas rodadas pós-Copa do Brasileirão e da Série B devolveram o futebol brasileiro a uma realidade que os torcedores haviam esquecido. Os estádios lotados, jogos emocionantes e craques em campo presentes durante os 30 dias da Copa do Mundo ficaram apenas na lembrança.

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O reencontro dos times nacionais com os estádios moldados para o Mundial mostrou um abismo. A taxa de ocupação que bateu os 98,41% durante os jogos das seleções despencou para 32,5% em oito praças esportivas – a Arena da Baixada, que teve público zero, não faz parte da conta porque recebeu o jogo entre Atlético e Criciúma com portões fechados devido a uma punição. Somente a Arena da Amazônia, Maracanã e Mané Garrincha não receberam confrontos nacionais.

Em números absolutos, o contraste é ainda mais evidente. O maior público na volta dos campeonatos nacionais foi de 32.644 na vitória do Corinthians sobre o Internacional por 2 a 1 na semana passada, no Itaquerão, em São Paulo. Seria uma boa audiência não fosse a comparação com a Copa. O jogo menos apreciado do Mundial foi Rússia 1 x 1 Coreia do Sul, quando a Arena Pantanal, em Cuiabá, recebeu 37.603 torcedores.

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Difícil imaginar que um jogo do Mundial receberia tão pouca gente como foi América-RN 4 x 2 Bragantino pela Série B. Somente 4.974 pessoas pagaram para assistir à partida da Série B na Arena das Dunas, em Natal.

O choque não é só nas arquibancadas. Dentro de campo o baque é ainda maior. Em vez de Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo, Robben, James Rodríguez e Thomas Müller, os "craques" são outros. Entre os melhores das Séries A e B estão Tadeu (Náutico), Fabrício (Vasco), Max (América-RN), Douglas Coutinho (Atlético) e Nikão (Ceará). Com alguma grife, Alan Kardec (São Paulo), Guerrero (Corinthians), Ri­­cardo Goulart (Cruzeiro) e D’Alessandro (Internacional).