O advogado da Portuguesa, José Luiz Ferreira de Almeida, concedeu entrevista coletiva neste sábado (19) para explicar os motivos de o time ter abandonado a partida contra o Joinville, no dia anterior, em Santa Catarina. Ele informou que o clube pretende respeitar a liminar obtida pelo torcedor Renato Azevedo e que, enquanto a situação não for definida, o time não vai jogar na Série B, mesmo com a ameaça de ser punido pelo STJD ou a CBF.
"A Portuguesa vai voltar para a Série A. Isso é definitivo e é o que acreditamos. Cumprimos a determinação da CBF de entrar em campo pela Série B, mas a gente sabia que o jogo seria anulado. Quando o torcedor entrou com uma queixa-crime contra a CBF e contra a Portuguesa, entendemos que o time deveria sair de campo. Fizemos isso baseados em uma ordem judicial, algo que não se discute, se cumpre", disse o advogado.
Segundo a tabela, a Portuguesa deveria jogar novamente no próximo sábado, contra a Portuguesa, no Canindé. Caso a liminar seja cassada durante a semana, Almeida diz que o clube analisaria a situação.
O advogado da CBF, Carlos Miguel Aidar - que também é presidente do São Paulo - reafirmou que a Lusa dificilmente vai escapar de uma dura punição por ter deixado o campo. Ele ainda garante que até terça-feira cassará a liminar e o clube terá de jogar na segunda rodada da Série B.
"A Portuguesa vai perder os pontos obviamente. É certo que terá de pagar uma bela multa e ainda pode até ser eliminada da competição e jogar a Série C em 2015", avisou Aidar, que em seguida ponderou: "Mas acho que não será preciso chegar a tanto".
A liminar obtida pelo torcedor determina que a CBF reintegre a Lusa à Série A deste ano, anulando a perda de quatro pontos no Brasileiro do ano passado por causa da escalação irregular do meia Heverton no jogo da última rodada contra o Grêmio. Tal decisão do STJD levou ao rebaixamento da Portuguesa e manteve o Fluminense na Primeira Divisão nacional.
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