Atletiba: veja o que mudou de um turno para outro

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Atlético e Coritiba protagonizaram um clássico empolgante no primeiro turno do Brasileirão. No Atletiba disputado na oitava rodada, em 21 de junho, as equipes empataram por 2 a 2 em um jogo muito movimentado na Arena da Baixada.

Dezenove rodadas depois, os rivais voltam a se encontrar no próximo domingo (20), desta vez no Couto Pereira. Muita coisa mudou nas equipes. Dois jogadores que balançaram a rede no primeiro turno, por exemplo, já deixaram os times da capital.

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Veja abaixo mais sobre a transformação da dupla Atletiba de um turno para outro.

Os times

Os técnicos são os mesmos, mas as mudanças nos times titulares na comparação com o duelo do primeiro turno são significativas.

O Atlético deve entrar em campo para o clássico no Couto com cinco mudanças em relação ao jogo com o Coxa, em junho. Quase metade do time. Três atletas daquela equipe titular já deixaram o clube: o zagueiro Gustavo (foi para o Bahia); o lateral-esquerdo Natanael (futebol búlgaro) e o meia Felipe (emprestado à Ponte Preta). O atacante Edigar Junio, que saiu do banco e salvou o time da derrota ao marcar o gol de empate aos 37 do segundo tempo, também deixou o Furacão e defende atualmente o Joinville.

VÍDEO: veja os quatro gols do Atletiba do primeiro turno

Já o Coxa, em relação ao primeiro clássico, vai apresentar um novo time. Dos onze atletas que iniciaram o clássico na Baixada, apenas três seguem como titulares do Alviverde: o zagueiro Leandro Silva, que agora atua improvisado na lateral direita, e os meio-campistas João Paulo e Ruy. O lateral Norberto e o atacante Wellington Paulista, que marcou o primeiro gol do Atletiba na Arena, já foram embora.

Confira os times que entraram em campo em 21 de junho:

Atlético: Weverton; Eduardo, Gustavo, Kadu e Natanael; Hernani, Otávio e Felipe (Giovanni); Douglas Coutinho (Dellatorre), Ytalo (Edigar junio) e Walter.

Coritiba: Bruno; Norberto, Luccas Claro, Leandro Silva e Henrique; Cáceres (Helder), João Paulo, Ruy (Lúcio Flávio) e Esquerdinha (Rafhael Lucas); Marcos Aurélio e Wellington Paulista.

Posição na tabela

Queda de rendimento do Atlético e evolução do Coritiba. É o balanço da tabela um turno depois do primeiro Atletiba.

TABELA: veja como está a classificação da Série A

Antes de as equipes se enfrentarem, em junho, o Atlético era o vice-líder do Brasileiro com 15 pontos, apenas um atrás do São Paulo. Se tivesse vencido o Atletiba em casa, o Furacão teria assumido o topo da tabela. Para o jogo do returno, o panorama é diferente. O Rubro-Negro vive o pior momento na competição. O time está há quatro jogos sem vencer e encerrou a 26ª rodada em nono lugar, a pior posição da equipe no Brasileirão 2015.

O Coxa segue na luta contra o rebaixamento. Antes do primeiro clássico, a equipe de Ney Franco tinha apenas três pontos e ocupava o 18º lugar, quatro pontos atrás do Santos, então o primeiro time fora da ZR. Um turno depois, o Coritiba conseguiu sair da ZR. Está em 15º lugar com dois pontos de vantagem sobre o Goiás, que abre a área da degola.

O palco

Sai a moderna Arena da Baixada e entra o tradicional Couto Pereira. O Atletiba do primeiro turno foi o primeiro disputado no estádio atleticano após a reforma realizada para a Copa de 2014. A festa foi bonita e a partida contou com 26.773 pagantes, recorde da nova Arena.

No Couto, a expectativa também é de recorde. Com ingressos promocionais, o Atletiba do próximo domingo deve registrar o maior público do ano no estádio. A casa do Coritiba é a que mais recebeu o clássico. Furacão e Coxa vão protagonizar o Atletiba 201 no Couto Pereira. Nos 200 confrontos anteriores no local, são 91 vitórias do Coritiba, 49 do Atlético e 60 empates.

Os protagonistas

No clássico do primeiro turno, Wellington Paulista era o principal nome alviverde. Em campo, ele assumiu mesmo o protagonismo: fez gol e ainda foi expulso. O jogador já deixou o Coxa e foi para o Fluminense.

Agora, os holofotes no Coxa estão sobre outros dois atacantes. Henrique Almeida é a peça mais efetiva do ataque do Coxa, com seis gols marcados no Nacional. Já Kléber Gladiador, principal contratação do Coritiba na temporada, vem de três jogos seguidos como titular e marcou o primeiro gol com a camisa alviverde na última quinta-feira (17), contra o Flamengo.

No Atlético, nada mudou. Walter segue como o grande nome do time. Ele já marcou sete gols e deu quatro assistências neste Brasileiro. Em seu primeiro Atletiba, o camisa 18 balançou a rede: foi dele o primeiro gol do Furacão no clássico na Arena.

Bastidores

O clima de amizade entre as diretorias de Atlético e Coritiba segue predominante. Internamente, porém, os dois clubes viveram dias de bastidores agitados desde o último Atletiba.

No Atlético, as dívidas por causa da reforma da Arena da Baixada seguem causando dor de cabeça. Em 11 de agosto, o governo chegou a pedir a penhora do estádio e do CT do Caju por causa de um débito do clube de R$ 226,1 milhões. Já em 31 de agosto, a casa rubro-negra ficou sem luz. A Companhia Paranaense de Energia (Copel) cortou o fornecimento da energia elétrica da Arena por falta de pagamentos. A situação foi normalizada pouco mais de 24 horas depois.

No Coritiba, a diretoria sofreu um desmanche. Em julho, pressionado, o vice de futebol Ernesto Pedroso renunciou ao cargo. No fim de agosto, explodiu a “crise do Whatsapp” no clube. Vazaram mensagens em que integrantes da diretoria, entre eles os vices André Macias e Pierre Boulos, criticam duramente outros membros da cúpula alviverde. Os dois vice-presidentes acabaram pedindo licença do clube.