Domingo, 16 horas. Momento de acompanhar o time do coração na Série A do Brasileiro. Não para torcedores de Atlético e Coritiba: a participação da dupla no horário nobre do futebol tem sido rara em 2016.
Das 21 rodadas desmembradas até agora pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Furacão foi escalado em apenas três partidas no tradicional horário, todas na Baixada. Mesmo número de jogos do Coxa, sendo dois no Couto Pereira.
Número que representa queda em relação ao ano anterior, quando, dos primeiros 21 embates, o Coxa foi escalado quatro vezes, e o Furacão sete no principal horário. Já em 2016, Atlético e Coritiba têm sido os ‘reis do sábado’. No atual desmembramento, o primeiro tem oito partidas neste dia.O segundo, seis.
Na comparação com os gaúchos Grêmio e Internacional o desprestígio da dupla Atletiba fica mais evidente. Das 21 primeiras rodadas da temporada, em nove o Colorado foi colocado para jogar domingo às 16 horas (cinco como mandante). Já o Tricolor Gaúcho teve cinco jogos programados para o mesmo cenário (dois como mandante).
A falta de protagonismo paranaense na tabela se tornou evidente no clássico da 12.ª rodada. O Atletiba foi marcado para quarta-feira (29/6), às 21 horas — apenas 12.861 pagantes assistiram à vitória alviverde no Couto, número considerado modesto para o clássico.
Procurado, o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, não atendeu aos telefonemas. Via assessoria de imprensa, o cartola enviou resposta por e-mail, argumentando que a montagem da tabela é de competência da CBF e transferindo para os clubes a iniciativa para tentar melhorar o panorama.
“Não chegou qualquer tipo de reclamação ou questionamento dos clubes para que a Federação pudesse encaminhar à CBF. Por isso, desconhecemos a insatisfação de Atlético e Coritiba quanto aos horários”, diz a explicação da FPF. Os clubes não se manifestaram à reportagem.
Já a CBF, via nota , explica que as definições da tabela são feitas conforme a logística, assim como o interesse das emissoras detentoras dos direitos de transmissão. “A CBF se relaciona com os clubes de maneira igualitária”, reforça a nota da CBF.