O presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, rebateu a Fifa e manifestou nesta quinta-feira (25) apoio ao chefe da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, sobre a polêmica em torno do conceito de "mão na bola" nos jogos do Campeonato Brasileiro.
"Ele [Corrêa] não é leviano", disse. Del Nero respaldou a versão de Corrêa de que os árbitros brasileiros receberam nova orientação da Fifa de que o toque do jogador com a mão (ou o braço) que altere a trajetória da bola seja considerado falta, mesmo que, em determinado lance, ocorra sem a intenção explícita do atleta tocá-la.
"É como o Sérgio Corrêa já falou, e temos os vídeos [da orientação da Fifa], as provas", afirmou Del Nero, na sede da Fifa em Zurique, minutos antes de uma reunião do comitê executivo da entidade.Os vídeos mencionados por Del Nero seriam relacionados a um curso dado pelo uruguaio Jorge Larrionda, instrutor da Fifa, aos árbitros brasileiros.
A polêmica cresceu nesta quarta (24) depois de o chefe de arbitragem da Fifa, o suíço Massimo Busacca, ter negado em Zurique uma nova orientação sobre o tema. Segundo ele, os árbitros e os auxiliares precisam avaliar se o gesto do jogador foi ou não intencional ao interromper a jogada com a mão.
"Há um movimento natural de pular e correr, e isso não é falta. A mão faz parte do corpo,
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo após a declaração de Busacca, o chefe da comissão de arbitragem da CBF reiterou a orientação recebida pela Fifa.
Del Nero disse que não conversou com Busacca sobre o assunto em Zurique.A polêmica ganhou fôlego no domingo (21), quando o árbitro Luiz Flávio de Oliveira marcou pênalti após o são-paulino Antonio Carlos, em jogo contra o Corinthians, no Itaquerão, tocar com a mão na bola dentro da área.
São-paulinos disseram que o zagueiro não teve intenção de tocar a mão na bola porque o lance foi rápido, e ele não teve tempo de reagir para tirar a mão da trajetória da bola.
No jogo de volta entre Coritiba e Flamengo pela Copa do Brasil também houve polêmica, quando o árbitro Wagner Reway marcou pênalti quando o lateral coxa Norberto encostou o braço na bola, o que teria sido sem intenção, segundo os jogadores alviverdes. O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, chegou a levar uma reclamação formal à CBF contra Reway.
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