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Descontração no treino da Chapecoense, vice-líder da Série B: clube colhe os frutos de um planejamento eficiente | Sirli Freitas/Diario Catarinense
Descontração no treino da Chapecoense, vice-líder da Série B: clube colhe os frutos de um planejamento eficiente| Foto: Sirli Freitas/Diario Catarinense

Estreante na Série B, a Chape­­coense não tem demonstrado qualquer acanhamento pelo noviciado. Com 20 pontos em oito partidas – um ponto e um jogo a menos que o líder Palmeiras – os catarinenses são a sensação da competição e um dos favoritos ao acesso.

Escalada meteórica considerada surpreendente mesmo dentro do clube. "Estamos muito felizes, claro. E sonhamos com a Série A. Mas tudo está saindo melhor do que esperávamos", comenta Sandro Pallaoro, presidente do representante de Chapecó, apelidado Furacão do Oeste de Santa Catarina. Pode parecer, mas o bom retrospecto no Nacional não é fruto do acaso. Está baseado em um planejamento consistente, do tamanho de um clube do interior, curiosamente mais perto de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, do que Florianópolis, a capital do estado.

"São pelos menos três anos de uma gestão com os pés no chão. Equacionando dívidas, garantindo o pagamento do salário dos jogadores e contratando dentro das nossas possibilidades", resume Pallaoro, eleito para o cargo em 2010 e reeleito com mandato até 2014, empresário do setor atacadista de frutas e verduras.

Atualmente, a Chape, como é popularmente chamada, gasta R$ 500 mil mensais com a folha de pagamento dos atletas. Como termo de comparação, o Palmeiras, rival na ponta da tabela da Segundona, desembolsa R$ 6 milhões em salários.

Encorpam o orçamento do Verdão de Santa Catarina dois patrocínios. Recentemente, o clube catarinense fechou o acerto com a Caixa Econômica Federal para receber R$ 1 milhão anuais. Entram nos cofres também R$ 2 milhões por temporada da Aurora, empresa do ramo alimentício.

Outra fonte de renda do clube é o plano de sócios. No momento, são cerca de 8 mil torcedores associados, o que gera um aporte de R$ 350 mil mensais. "São valores bons para nós, mas ainda longe dos orçamentos dos grandes clubes da Série B", afirma Maurinho, diretor de futebol. O ex-jogador profissional de futebol de salão integra um trio que comanda o futebol da Chapecoense. "Somos todos pessoas ligadas ao esporte. Tentamos ao máximo não errar nas contratações, pesquisar o mercado, fazer um investimento certeiro", diz o dirigente.

Um dos destaques é o técnico Gilmar Dal Pozzo. O ex-goleiro, com passagem pelo Londrina, fez carreira em clubes pequenos antes de desembarcar em Chapecó. E subiu com a equipe da Série C para a Série B no ano passado. Diante desse histórico, o profissional passou a ser cogitado em diversos clubes nas trocas de treinador.

Os planos da Chapecoense para o futuro incluem a construção de um centro de treinamento, já no projeto. "Será um salto de qualidade, com certeza", afirma o presidente Pallaoro. Estádio, pelo menos por enquanto, não é problema.

O time atua na Arena Condá, de propriedade da prefeitura, campo que vem sendo modernizado pelo poder público. Com capacidade para 25 mil pessoas, contou com cerca de 6 mil torcedores nos dois compromissos que o Verdão mandou em casa.

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