O Coritiba definiu nesta segunda-feira (10), em reunião do Conselho Deliberativo, o empréstimo do Estádio Couto Pereira ao Atlético. O rival pagará R$ 70 mil, além dos custos operacionais e seguro contra depredação, para jogar no Alto da Glória na 26.ª rodada do Brasileiro, contra o Grêmio. Na mesma semana, no dia 17 de setembro, a nova Arena da Baixada vai receber seu primeiro grande evento, o show do roqueiro inglês Rod Stewart.
Como há reciprocidade no acordo, o Coxa deve fazer uma partida na casa atleticana ainda neste ano, quando fechará o Couto para a reforma de uma marquise. Ainda não há data exata para o jogo, provavelmente no dia 4 outubro, contra o Atlético-MG. O valor da locação será o mesmo.
Os conselheiros alviverdes foram apenas informados da decisão da diretoria, já que o Conselho Administrativo não precisa de autorização para realizar um aluguel pontual do estádio – apenas cessões por um período de maior do que 30 dias necessitam de aprovação.
A decisão de não ouvir a opinião do Conselho, no entanto, é diferente do que o presidente Rogério Bacellar havia sinalizado. Ciente da rejeição de grande parte da torcida, o dirigente chegou a adiar o ‘sim’ ao Atlético para consultar os membros do Deliberativo.
Agora oficialmente fechado, o aluguel do Couto Pereira reforça a parceira entre os rivais iniciada no fim do ano passado, assim que a chapa Coxa Maior foi eleita. Desde então, os clubes têm realizado ações – inclusive com duas coletivas de imprensa feita em conjunto – e até captado novas receitas juntos. Foi assim com os patrocínios da telefônica Tim e da empresa 99 Táxis, que gerencia aplicativo de celular.
Explicações
A reunião do Deliberativo esquentou quando o diretor executivo Maurício Andrade falou sobre o futebol do coxa-branca. O dirigente respondeu perguntas de cerca de 30 conselheiros e, entre os principais assuntos, explicou que o planejamento do clube está cinco meses atrasado já que várias contratações feitas no começo do ano não tiveram respaldo técnico.
Quem também se explicou na sessão foi Ricardo Gomyde, que é conselheiro vitalício. Ele afirmou que os R$ 200 mil emprestados para sua campanha à presidência da Federação Paranaense de Futebol não passaram por suas mãos, mas foram direto para o financiamento da campanha. Já a votação para inclusão do nome de Alceni Guerra para o G5 foi adiada pela falta de tempo.