Mesmo com a demonstração de claro cansaço pela sequência de jogos decisivos, o Cruzeiro derrotou o Santos por 1 a 0, neste domingo, em plena Vila Belmiro, pela 34.ª rodada do Brasileirão.
O gol foi marcado pelo meia Ricardo Goulart, que chegou ao 13.º na briga pela artilharia da competição, com dois a menos que o atacante Henrique, do Palmeiras.
Com a vitória, a equipe mineira chegou aos 70 pontos e se aproximou ainda mais do bicampeonato brasileiro, podendo até ser campeã, dependendo da combinação de resultados, já na próxima rodada. O Santos permanece com os mesmos 46 pontos e dá adeus a qualquer chance de chegar à Libertadores.
O jogo ainda serviu para reforçar o cenário amplamente desfavorável dos santistas em relação ao adversário em 2014. No primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro já havia vencido o Santos por 3 a 0. Mais recentemente, pelas semifinais da Copa do Brasil, o time de Belo Horizonte conseguiu a classificação após vencer por 1 a 0 no Mineirão e empatar por 3 a 3 na Vila Belmiro.
DesfalquesAmbas as equipes entraram em campo sem a força máxima. No Santos, o técnico Enderson Moreira não pode contar com o lateral-direito Victor Ferraz, com uma lombalgia aguda, além dos zagueiros Edu Dracena (suspenso) e David Braz (dores na região lombar), o volante Arouca (amidalite) e o atacante Geuvânio (lesão na coxa esquerda).
A zaga da equipe foi formada por Neto e Bruno Uvini. E no meio, o veterano Renato substituiu Arouca. No ataque, recuperado de dores musculares, o atacante Robinho voltou a formar o trio de ataque com Gabriel e Rildo e entrou em campo com o número 100, em homenagem aos torcedores que compraram a camisa especial que o Santos criou para homenagear os 100 gols atingidos recentemente pelo atacante.
Pelo Cruzeiro, em virtude da maratona recente de jogos, o técnico Marcelo Oliveira decidiu poupar o meia titular Everton Ribeiro, substituído pelo meia-atacante Marquinhos. Além dele, ficaram de fora o lateral-direito Mayke e o zagueiro Léo, abrindo espaço para Ceará e Manoel.
O jogoAs equipes começaram a partida buscando o ataque. Apesar do empenho dos jogadores e de algumas jogadas ofensivas, lances agudos de gol demoraram um pouco para acontecer no gramado onde o sol era intenso. O primeiro deles só foi observado aos 11 minutos, com um chute do volante Nilton, que fez a bola passar por cima do travessão do goleiro Aranha.
Com maior pretensão no campeonato do que o Santos, o Cruzeiro buscava mais o ataque, mas tomou um susto aos 16 minutos, quando Gabriel desperdiçou uma chance incrível de gol para o time da casa. O atacante recebeu lançamento na intermediária, arrancou e ficou na frente do goleiro Fábio. Depois de driblar o cruzeirense, o jovem santista foi atrapalhado pelo zagueiro Manoel e acabou chutando a bola para fora.
Os lances intensos de gol continuaram raros na Vila Belmiro. Uma chance um pouco mais clara apareceu apenas aos 37 minutos, com um chute de fora da área de Ricardo Goulart que passou acima do travessão de Aranha. Aos 41, Cicinho quase marcou com contra, depois de cabecear a bola para trás numa cobrança de falta, na última chance de perigo da primeira etapa.
Mas o último momento de destaque do primeiro tempo foi uma polêmica gerada pelo árbitro Alinor Silva da Paixão. Numa cobrança de escanteio do Cruzeiro, a torcida santista arremessou uma bola para dentro do gramado, atrapalhando o lance. Depois de paralisar o jogo e fazer a cobrança voltar, o juiz não deu tempo suficiente para a retomada do escanteio, provocando muitas reclamações da equipe mineira e de Marcelo Oliveira.
Na volta ao segundo tempo, o Santos voltou com a mesma formação. O Cruzeiro retorno com o volante Henrique no lugar de Lucas Silva. Apesar da alteração, pouco mudou no estilo de jogo de ambas as equipes.
Quando se imaginava um segundo tempo tão sonolento como o primeiro, o Cruzeiro criou uma ótima jogada de ataque e não perdeu a oportunidade para abrir o marcador. Aos 7 minutos, depois tabelar com Willian, Ricardo Goulart chutou cruzado para o fundo das redes e fez 1 a 0, para delírio da torcida cruzeirense presente na Vila.
Após o gol, o Cruzeiro passou a dominar mais a bola. O Santos, por sua vez, tinha dificuldades para organizar as jogadas, mesmo com a entrada de Thiago Ribeiro no lugar de Rildo. Num lance esporádico, aos 21, Renato chegou a levar perigo para Fábio. Ele cabeceou livre, mas o goleiro defendeu sem maiores dificuldades.
Aos 23, o Cruzeiro respondeu com um lance de Willian. Ele deu um chapéu no marcador e arriscou um chute direto que passou rente à trave de Aranha. Aos 28, Marcelo Moreno também tentou o gol, mas a bola passou longe.
Já aos 37 minutos, Fábio foi fundamental para evitar o gol de empate do Santos. Numa falta cobrada por Robinho, Neto cabeceou com precisão, mas o goleiro espalmou providencialmente para fora evitando o pior para o Cruzeiro.
A equipe de Belo Horizonte ainda teve uma grande oportunidade para ampliar nos acréscimos. Aos 47, a bola sobrou livre para Willian Farias, que havia entrado no lugar de Ricardo Goulart. O volante arriscou o chute que bateu na trave e por pouco não entrou.
O lance foi o último de perigo do jogo. Ao final da partida, os jogadores cruzeirenses comemoraram demais o resultado, mesmo com alguns deles estando visivelmente extenuados e deitados no gramado.
O próximo compromisso do Santos pelo Brasileirão é a partida da quarta-feira, contra o Atlético Paranaense, em Curitiba. O Cruzeiro, por sua vez, visitará o Grêmio no dia seguinte, em Porto Alegre.
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