Hoje começa a luta de 20 equipes para participar da elite do futebol brasileiro em 2010. Pelo histórico dos últimos três campeonatos do segundo escalão, é possível afirmar que dinheiro faz a diferença.
Na era dos pontos corridos, 12 equipes conseguiram o sonho de disputar a elite nacional. A metade tinha o aporte financeiro do Clube dos 13 (Corinthians, Atlético-MG, Coritiba, Portuguesa, Vitória e Sport), três eram ajudadas por prefeituras (Barueri, Santo André e Ipatinga) e uma contou com o suporte de empresários (Avaí).
Apenas América de Natal e Náutico conseguiram a façanha de sair da Série B sem ter o diferencial monetário.
Presidente do alvirrubro pernambucano, uma dessas "exceções", Maurício Cardoso de Barros dá a receita do sucesso. "É preciso criatividade para aplicar o pouco recurso financeiro, minimizando os erros", afirma o dirigente do Timbu. "Para nós, o fundamental foi o apoio do torcedor dentro de casa, fazendo com que sempre derrotássemos os adversários no Estádio dos Aflitos."
Para o dirigente, é necessário também fazer as apostas certas no elenco. "Tem que haver jogadores com experiência e uma liderança positiva aliados a jovens atletas, que queiram conquistar o seu espaço. Além disso, é necessário um compromisso do torcedor, da diretoria e dos atletas em busca do mesmo objetivo", ensina.
Neste ano, a principal mudança deve ser na gestão comercial, que passará da Futebol Brasil Associados (FBA) para a CBF. A transição, por questões contratuais entre as duas partes, ainda está em litígio.
O presidente da FBA, José Neves Filho, que ficou no comando da Segundona durante seis anos, verbaliza a prática do "quem pode mais, chora menos".
"No futebol, a maior concentração de renda que existe no mundo é no Brasil. Este desnível de valores tem de ser visto urgentemente, sob a pena de o futebol brasileiro ficar reduzido aos 20 integrantes do Clube dos 13", alerta. O Vasco disputará a Série B recebendo mais de 15 vezes do que a maioria terá direito.
Mesmo assim, Neves Filho também tem uma receita para que as equipes consigam o sonhado acesso. "Para subir é preciso ter organização dentro e fora de campo; correria, porque o futebol é mais corrido; e estar em dia com os pagamentos", diz, apostando em Paraná, Juventude, Ponte Preta, Vasco, Figueirense e Bahia como favoritos para conquistarem as quatro vagas.
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